terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Revelação de Jesus no Antigo Testamento



Em João 1.1-4 e 14 lemos a respeito dEle: "No princípio era o Verbo (a Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." Por isso encontramos o Filho de Deus já no Antigo Testamento:

Jesus em cada livro do Antigo Testamento

Em Gênesis, Ele é chamado de "semente da mulher".

Em Êxodo, Ele é o cordeiro pascal.

Em Levítico, Ele é apresentado como sumo sacerdote.

Em Números, Ele é a coluna de nuvem de dia e a coluna de fogo à noite.

Em Deuteronômio, Moisés fala dEle como sendo profeta.

Em Josué, Ele é o líder da nossa salvação.

Em Juízes, Ele aparece como nosso juiz e legislador.

Em Rute, Ele é resgatador.

Em 1 e 2 Samuel vemos a Jesus como nosso verdadeiro profeta.

Em Reis e Crônicas, Ele é o nosso Senhor Soberano.

Em Esdras, Ele aparece como o homem que restaura os muros caídos de nossa existência humana.

Em Neemias, vemos o Senhor como nossa força.

Em Ester, Ele é o nosso Mordecai.

Em Jó, Ele é chamado de nosso Salvador eternamente vivo.

Nos Salmos, Ele é nosso bom pastor.

Em Provérbios e Eclesiastes, Ele brilha como nossa sabedoria.

Em Cantares, Ele é o noivo que nos ama.

Em Isaías, Ele é chamado de "Príncipe da paz".

Em Jeremias, Ele aparece como o "renovo de justiça".

Em Lamentações, Ele é nosso profeta que chora.

Em Ezequiel, Ele nos é apresentado como o homem maravilhoso "com quatro rostos".

Em Daniel, Ele é o quarto homem na fornalha ardente.

Em Oséias, Ele aparece como o marido fiel, que é casado com uma infiel (Israel).

Em Joel, Ele é o que batiza com o Espírito Santo e com fogo.

Em Amós vemos Jesus como aquele que carrega nossos fardos.

Em Obadias, Ele é poderoso para salvar.

Em Jonas, Ele está diante de nós como o grande missionário para os gentios.

Em Miquéias, Ele é o Deus encarnado (Mq 5.1).

Em Naum, Ele é mencionado como o juiz escolhido por Deus.

Em Habacuque, Ele é o evangelista de Deus que clama: "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos" (Hc 3.2).

Em Sofonias, Ele se manifesta como nosso Salvador.

Em Ageu, Ele é o restaurador da herança de Deus perdida.

Em Zacarias, Ele é apresentado como a fonte aberta da casa de Davi que purifica os pecados e as impurezas.

Em Malaquias, Ele se mostra como o "sol da justiça" com a "salvação nas suas asas" (Ml 4.2).


Sobre este assunto, recomendamos o livro Jesus no Antigo Testamento, de Meno Kalisher.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Muitas passagens na Bíblia nos mostram claramente que o silêncio de Deus foi a melhor resposta às orações. Em outros casos, as respostas dadas mostraram não ser o melhor para quem as pediu.n

Jesus – o Filho de Deus

Vamos começar observando a mais terrível e chocante oração não-respondida da história da humanidade: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27.46).

Esse questionamento por parte de Jesus tem um profundo significado para toda a humanidade. Em primeiro lugar, porque revela que Deus realmente Se manifestou na carne: "evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele (Deus) que foi manifestado na carne" (1 Timóteo 3.16). Além disso, ele também mostra que, de fato e de verdade, Jesus tornou-se 100% humano, estando inclusive sujeito à morte. Lemos em Filipenses 2.7-8: "Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz".

Jesus, o Filho de Deus, deixou Sua habitação de poder, autoridade e glória e tornou-se um homem de carne e osso. Pela Bíblia sabemos que Ele foi tentado como nós somos tentados. Ele sentia cansaço, fome e sede; sentia alegria, tristeza, insatisfação e compaixão. Mas com uma diferença: Ele não tinha pecado!

O mais inexplicável mistério na história da humanidade é Deus manifestado na carne. Essa declaração tem sido pedra de tropeço para muitos que não estavam realmente em busca da verdade.

Um considerável número de religiões não crê em Jesus como o Filho de Deus. Seguidamente elas usam esta afirmação para justificar suas falácias, dizendo em tom de escárnio: "Se Jesus era Deus, então porque Ele orou ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ Por acaso Ele estava orando para si mesmo?"

Uma pessoa honesta que ousasse fazer tal questionamento iria rapidamente encontrar a resposta estudando as Escrituras e aprenderia logo que Jesus de fato é Deus.

Vamos analisar alguns exemplos:


"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"

Depois de Jesus ter curado um paralítico no tanque de Betesda, Seus inimigos Lhe fizeram a seguinte acusação: "e, porque ele disse isso, os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de matá-lo. Pois, além de não obedecer à lei do sábado, ele afirmava que Deus era o seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus" (João 5.18). Eles afirmavam que Jesus se fazia "igual a Deus".

Aqueles que escarneciam e acusavam Jesus ouviram-nO testemunhando que Ele era Deus, conforme lemos em Mateus 27.43: "...porque (Jesus) disse: Sou Filho de Deus".

Quando Jesus morreu, um centurião, do qual não sabemos o nome, declarou no versículo 54: "...verdadeiramente este era Filho de Deus"

Em João 20.28 lemos: "Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!".

A Grande Resposta Silenciosa

O que teria acontecido se Deus tivesse respondido ao apelo do Senhor Jesus? O que teria acontecido se o Pai não tivesse abandonado o Filho? O que teria acontecido se Deus tivesse respondido ao desafio dos principais sacerdotes, escribas e anciãos quando disseram: "Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus"(Mateus 27.43)? A resposta é a terrível realidade do que nós merecíamos! Cada um de nós permaneceria morto em suas transgressões e pecados, abandonado por Deus por toda a eternidade! Não teria havido salvação para a humanidade! Efésios 2.12 demonstra claramente nossa posição desesperançada: "naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo".

Se o Pai celestial tivesse respondido à oração de Jesus na cruz, não haveria futuro para nós, mas um perpétuo e imensurável sofrimento além de uma eternidade no inferno!

Entretanto, as Escrituras continuam: "Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo"(v. 13).

Assim sendo, para o nosso próprio bem, a melhor resposta para o clamor do Senhor Jesus foi o silêncio de Deus. Jesus deliberadamente veio à terra com o único propósito de redimir o homem caído. Sua vinda não foi um acidente ou o resultado de alguma circunstância invisível, mas fazia parte do plano eterno de Deus para a nossa salvação.

Se queremos ter um entendimento melhor do sacrifício supremo de Deus, precisamos ver a realidade de Suas intenções. Teremos um entendimento mais profundo para reconhecer Sua posição eterna ao nos ocupar com a Sua palavra. Para Deus nada acontece por acidente, nem existem coincidências. Deus não depende da nossa percepção de tempo porque Ele é eterno. Somente quando tivermos alcançado nosso destino final é que entenderemos o que é a eternidade.

Antes da Fundação do Mundo

Pedro amplia nossa visão sobre a vinda de Cristo: "mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós" (1 Pedro 1.19-20). Mesmo antes do homem ter caído em pecado, Deus, em Sua onisciência, estabeleceu um plano de salvação que foi manifesto com a vinda de Jesus. E até mesmo o evento real que aconteceu aqui na terra foi suplantado pela resolução eterna proclamada em Apocalipse 13.8: "...do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo".

É virtualmente impossível entendermos essa incrível verdade apenas com o nosso intelecto limitado. Como algo pode ter ocorrido mesmo antes de ter se manifestado fisicamente aqui na terra? Não encontramos resposta se fizermos a pergunta nesse nível. Quem pode explicar intelectualmente a passagem: "...assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo..."(Efésios 1.4)? Podemos apenas perceber espiritualmente essa realidade quando a vemos pela perspectiva celestial. Para ilustrar esse fato, consideremos o seguinte exemplo:

Sabemos que o sol nasce no leste e se põe no oeste. Podemos determinar isso cientificamente através do uso de instrumentos que medem os movimentos do sol. Porém esse fato científico se tornaria nulo se viajássemos no espaço, pois lá as regras mudam, a lei do espaço vigoraria e veríamos que a Terra, na realidade, faz seu movimento de rotação em torno do próprio eixo, criando assim a ilusão de que o sol nasce no leste e se põe no oeste.

Jesus no Jardim


"Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres."

Para termos um entendimento melhor da morte voluntária de Jesus e do silêncio de Seu Pai em resposta à Sua oração, devemos primeiro olhar mais de perto aquela fatídica noite no Jardim Getsêmani: "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26.36-39). Do ponto de vista humano, esse é um dos mais trágicos eventos do Novo Testamento. Lemos uma descrição detalhada do comportamento do Senhor antes de Sua prisão, que resultou em Sua condenação e posterior execução na cruz do Calvário.

Jesus levou consigo Seus discípulos mais próximos, dos quais Pedro era o mais chegado. Lembre-se que pouco tempo antes Pedro jurara solenemente ser um fiel seguidor de Jesus, mesmo que isso lhe custasse a própria vida: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei..." (v. 35). Pedro fez uma declaração corajosa ao afirmar abertamente que seguiria Jesus mesmo que tivesse de morrer por isso.

Pedro Falhou

O Senhor já havia informado a Pedro que Ele teria de morrer para que as Escrituras se cumprissem. Pedro entendeu isso, porque anteriormente havia identificado o Senhor como sendo "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16.16). A confissão de Pedro deu-se num lugar chamado Cesaréia de Filipe, onde Jesus perguntou a Seus discípulos: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" (Mateus 16.13). É óbvio que Pedro sabia que a palavra profética tinha de ser cumprida. Ele não tentava mais defender Jesus, mas sabia que a morte era inevitável. Veja que ele disse: "Ainda que me seja necessário morrer contigo..." O fato de que Jesus teria de morrer já havia sido entendido, e o que restava agora era uma questão de fidelidade ao Senhor. Pedro permaneceria fiel até o fim?

De acordo com a Palavra de Deus sabemos que ele não o fez. Pedro negou ao Senhor, não apenas uma, nem duas, mas três vezes, como Jesus profetizou que ele faria.

No Getsêmani

Agora vamos focalizar nossa atenção no Senhor que foi até o jardim chamado Getsêmani, afastando-Se dos discípulos e ficando apenas com Pedro e os dois filhos de Zebedeu a Seu lado. Quando Ele ficou sozinho, mais tarde, "adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando..."(Mateus 26.39). Qual foi a Sua oração? "..Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (v. 39). Jesus não recebeu resposta. O Pai ficou em silêncio. Jesus voltou até onde estavam os Seus discípulos: "...E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca"(vv. 40-41). Algo muito natural tinha acabado de acontecer: a carne dos discípulos não estava disposta e nem era capaz de resistir aos ataques de Satanás.

Não sabemos quanto tempo o Senhor orou, mas deve ter sido durante pelo menos uma hora, se nos basearmos na afirmação: "Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?" Apesar da promessa determinada de Pedro de morrer com o Senhor, ele já havia se afastado da batalha que acontecia no Getsêmani.

A Oração Contínua de Jesus

"Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (v. 42). Novamente não houve uma resposta do Pai, apenas silêncio. Jesus deu aos discípulos outra chance: "...voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados" (v. 43). Desta vez o Senhor não os acordou nem deu outra instrução. Ao invés disso, lemos que Ele: "...Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras" (v. 44).

A Agonia


"E, estando em agonia, orava mais intensamente."

Ao lermos o relato no evangelho de Marcos notamos que o evento é descrito de uma forma um pouco diferente. Entretanto, Lucas revela que após Jesus ter orado, "...lhe apareceu um anjo do céu que o confortava" (Lucas 22.43). Não nos é revelado como ele O "confortava", mas no versículo seguinte lemos que Suas orações tornaram-se ainda mais desesperadas: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra" (v. 44).

Quando analisamos esse fato de uma perspectiva humana, ele parece-nos ilógico, porque o versículo anterior diz que Jesus acabara de ser consolado por um anjo do céu, continuando a batalhar em oração a tal ponto que "gotas de sangue" caíram sobre a terra. Foi o consolo do anjo uma resposta à Sua oração ou esse consolo era necessário para que Ele continuasse orando? Creio que a segunda opção é a correta, como veremos ao examinarmos mais detalhadamente essa situação.

A Tentação no Getsêmani

Normalmente se interpreta que Jesus, como Filho do Homem, em carne e osso, tinha medo da morte como qualquer outro ser humano. Assim sendo, não seria surpresa que Jesus orasse que "este cálice", representando a morte na cruz, fosse passado d’Ele. Entretanto, tal interpretação não corresponde a versículos como os do Salmo 40.7-8: "Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei". Jesus se agradava em fazer a perfeita vontade de Deus, a qual foi estabelecida antes da fundação do mundo.

Para estar certo de que Davi não estava falando de si mesmo nesta passagem, encontramos a confirmação em Hebreus 10.7,9,10: "Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade... então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas". Se olharmos a oração de Jesus no Jardim Getsêmani como um sinal de fraqueza, apesar d’Ele ter sido consolado por um anjo, tal comportamento iria contradizer a passagem profética que acabamos de ler.

Como Cordeiro Para o Matadouro

Consideremos o texto de Isaías 53.3,5 e 7: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso... Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados... Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca".

Como um cordeiro, Jesus foi levado para o matadouro; Ele permaneceu em silêncio como uma ovelha.

Morte no Getsêmani?

Essas passagens das Escrituras nos dão razões para crer que algo mais tenha acontecido no Jardim Getsêmani quando Jesus orou para que "este cálice" pudesse ser passado dEle. Essa seria uma oração desnecessária, uma exibição de fraqueza e indecisão, mas tal quadro não corresponde à descrição completa do Messias.

Enquanto aparentemente o Pai ficou em silêncio diante da tríplice oração de Jesus, as Escrituras documentam que Sua oração, na verdade, foi respondida. Hebreus 5.5 fala de Cristo como o sacerdote da ordem de Melquisedeque: "assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei".


"Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo"

O versículo 7 contém a resposta a essa oração: "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade". O Getsêmani foi o único local onde Jesus pediu que Sua vida fosse poupada; Jesus não morreu no Jardim Getsêmani.

O silêncio aparente de Deus diante da oração de Jesus no Jardim foi, como vimos, uma clara resposta a essa oração. Desse ponto de vista, entendemos que a oração de Jesus não foi para que Sua vida fosse poupada na cruz do Calvário. A oração de Jesus foi ter sua vida poupada para que não morresse ali no Jardim Getsêmani. Ele estava destinado a morrer na cruz do Calvário para tirar os pecados do mundo.

O que aconteceu no Jardim Getsêmani? Pelo que já vimos, é claro que os poderes das trevas e mesmo a morte estavam prontos a tirar a vida de Jesus ali mesmo naquela hora. Em Mateus 26.38 lemos: "Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo". Marcos 14.34 revela: "...E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte..."

Mesmo que Jesus não tenha morrido fisicamente no Jardim Getsêmani, Ele foi certamente obediente até à morte; Ele experimentou a morte dupla de um pecador condenado! Ele foi "obediente até à morte e morte de cruz" (Filipenses 2.8).

Quando Deus Não Responde

Esta análise da vida de oração de nosso Senhor antes de Sua crucificação deveria nos ensinar que as respostas às nossas orações podem nem sempre ser o mais importante. Podemos passar por derrotas, doenças, tragédias e catástrofes. Mas o que realmente deve ser lembrado é que somos de Cristo.

Creio que é por essa razão que, ao falar de provas e tribulações, o apóstolo Pedro exclamou triunfante: "Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (1 Pedro 1.6-7). (Arno Froese e Dieter Steiger -

quinta-feira, 11 de agosto de 2011


O que Jesus ensinou sobre marcar datas?

Nosso Senhor foi bem enfático ao ensinar sobre Sua volta. Em pelo menos cinco passagens (sete, se forem incluídas passagens paralelas), Jesus advertiu os discípulos e crentes contra marcar datas. Mas, como já vimos, em toda a história da Igreja houve uma quantidade incrível de especulações relativas a datas.
Jesus enfatizou a profecia e o entendimento dela nos Seus ensinamentos. Ele não evitou nem descartou sua relevância; fez exatamente o oposto. Ele enfatizou a importância da profecia para entendermos Sua vida e Seu ministério. Mas também explicou que há alguns aspectos do futuro que não podem ser conhecidos com precisão. Sua volta é certa, mas o momento exato não. Jesus entendia a vontade humana de conhecer o futuro, mas não permitiu que Seus seguidores caíssem nas tentações dos videntes:

Mateus 24.36: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Marcos 13.32 é uma passagem paralela idêntica).
Mateus 24.42: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor”.
Mateus 24.44: “Por isso ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”.
Mateus 25.13: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”. (Marcos 13.33-37 é uma passagem paralela.)
Atos 1.7: “Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade”.
Essas passagens são proibições absolutas de marcar datas. Alguns estudiosos de profecia disseram que estes versículos ensinam que era impossível saber a data na igreja primitiva, mas que nos últimos dias algumas pessoas saberão. Outros estudiosos disseram que estes versículos ensinam que ninguém sabe o dia nem a hora, exceto aqueles que forem capazes de descobri-los usando algum esquema cronológico. Ambos estão absolutamente errados! A data da volta de Cristo é uma questão de revelação de Deus. Ele decidiu não revelar isso nem para Cristo durante Sua humanidade em Sua primeira vinda (Mateus 24.36). Se o Pai não o revelou ao Filho na Sua humanidade, por que alguém pode crer que o Pai lhe revelaria isso? Jesus deixa bem claro: “Não!”

O que mais a Bíblia ensina sobre profecias?

O ensinamento de Cristo é reforçado também em outras partes das Escrituras. Em 1 Tessalonicenses 5.1-2, Paulo reafirma as palavras de Jesus com relação à incerteza da hora da Sua volta: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia do Senhor vem como ladrão de noite.”
Por isso ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.

Algumas pessoas acreditam que há passagens na Bíblia que ensinam que os crentes poderão saber a data da volta de Cristo. Examinaremos algumas dessas passagens para mostrar como aqueles que defendem a marcação de datas usaram os vários versículos de forma errada em suas tentativas de conseguir legitimidade para suas posições. A Bíblia não contém contradições internas. É errado pensar que as Escrituras dizem que “ninguém pode saber”, mas também afirmam que algumas pessoas conseguirão descobrir.

A primeira passagem ocasionalmente citada é Lucas 21.28: “Ora, ao começarem estas cousas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.” Algumas pessoas ensinaram que essa passagem implica uma permissão para marcar datas. Mas indicadores contextuais importantes são esquecidos em tal argumento. Estes indicadores incluem o fato de que a passagem se refere aos crentes judeus durante a futura tribulação de sete anos, que, logo antes da segunda vinda de Cristo, devem vigiar, não marcar datas, enquanto passam pelo período final de severa perseguição. Isso não está relacionado a marcar datas durante a atual era da Igreja, já que está relacionado a eventos durante a tribulação de sete anos. Quando a tribulação começar, será possível saber a hora da vinda de Cristo. Mas, isso não tem nada a ver com os crentes hoje que estão vivendo durante a era da Igreja (não na tribulação). A era da Igreja termina com o arrebatamento, que é um evento sem sinais. Então não há maneira de ligar, especificamente, eventos da nossa época com os da tribulação para marcar uma data. Devemos vigiar e esperar a volta do nosso Senhor no arrebatamento justamente porque não podemos marcar datas.

Uma segunda passagem citada algumas vezes é Hebreus 10.25b: “antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.” Alguns ensinam que isso implica que os crentes podem ver ou saber que “o dia” (a segunda vinda) está se aproximando. Enquanto alguns interpretam “o dia” como uma referência à segunda vinda, achamos que o contexto imediato e o contexto do livro de Hebreus indicam uma advertência aos crentes judeus antes da destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. Trata-se de uma advertência para não voltarem para o judaísmo (i.e., apostatarem) já que o futuro próximo continha apenas castigo para os judeus que rejeitaram Jesus como seu Messias. Então “o dia” não é uma referência à segunda vinda mas sim à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. Se essa passagem realmente se refere à segunda vinda, uma vez mais, não haveria base para ligar um fator específico que sirva para marcar a data da segunda vinda. A afirmação geral “tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” não quer dizer que saberemos especificamente quando Ele vem, assim como alguém que vê a chegada de uma tempestade e não sabe a hora exata em que vai chover no lugar onde está.


Quando a tribulação começar, será possível saber a hora da vinda de Cristo. Mas, isso não tem nada a ver com os crentes hoje que estão vivendo durante a era da Igreja.

Uma terceira passagem que às vezes é mencionada é 1 Tessalonicenses 5.4: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que este dia, como ladrão, vos apanhe de surpresa.” Ensinava-se, com base nessa passagem, que os crentes saberiam a data “do dia” [i.e., “o dia do Senhor” (veja 1 Tessalonicenses 5.2)] para não serem pegos de surpresa. Mas esta interpretação atribui o sentido errado ao ensinamento de Paulo. Paulo está dizendo que os tessalonicenses não serão surpreendidos porque estão preparados pelo fato de serem crentes. O Senhor cuidará de todos os crentes (acreditamos que através do arrebatamento pré-tribulacional), de forma que, ao contrário do descrente que estará despreparado e será pego de surpresa, o crente estará preparado.

Que perigo existe em estudar profecias e marcar datas?

Não há perigo em estudar profecias. Na verdade, não podemos ignorar as profecias e o estudo correto da Bíblia, mas não podemos cair na armadilha de marcar datas. A Bíblia ensina claramente que a Palavra de Deus é suficiente para tudo o que precisamos a fim de vivermos uma vida que agrade a Cristo (2 Timóteo 3.16,17; 2 Pedro 1.3,4). Isso significa que se algo não é revelado a nós na Bíblia, não é necessário para cumprir o plano de Deus em nossas vidas. A data da volta de Cristo não é dada na Bíblia, então, apesar do que algumas pessoas possam dizer, não é importante conhecê-la para agradar a Deus. O Senhor disse a Israel: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29.29). A data da vinda de Cristo não foi revelada; é um segredo que pertence somente a Deus.
Já que a Bíblia proíbe marcar datas, o que ensina? Muitas das mesmas passagens que proíbem marcar datas nos instruem sobre o que fazer até que o Senhor volte. Por exemplo, Mateus 24.42 não só adverte: “porque não sabeis em que dia vem o nosso Senhor”, mas também exorta os crentes a “vigiar”. Mateus 24.44 manda os crentes “ficarem apercebidos” porque “à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá.” E também Mateus 25.13 nos exorta a vigiar “porque não sabeis o dia nem a hora.”

O alerta ao qual os crentes são chamados não é de marcar datas, mas de esperar o Salvador (já que não sabemos quando Jesus voltará). Devemos ficar alertas, ao contrário dos descrentes que ficam dormindo, em relação às coisas de Deus. Devemos ficar alertas a fim de vivermos piedosamente até o Senhor voltar porque estamos na noite escura desta era maligna, que exige uma vigilância ativa contra o mal.


O alerta ao qual os crentes são chamados não é de marcar datas, mas de esperar o Salvador.

Se a Igreja soubesse o dia ou a hora do arrebatamento, a iminência, a posição que os crentes pré-tribulacionistas têm em relação ao arrebatamento, seria destruída. A iminência bíblica ensina que Cristo pode, mas não precisa, vir a qualquer momento. Isso também significa que não há sinais que precisam ser cumpridos para o arrebatamento acontecer. Então, Cristo poderia literalmente vir hoje ou neste exato momento ou instante. Todas as tentativas de marcar datas destróem essa iminência. Se alguém ensinasse que o arrebatamento aconteceria num dia, mês, ou ano específico, então isso significaria que Cristo não poderia vir antes dessa data. E, assim, o arrebatamento não poderia ser iminente, já que Cristo não viria até essa data específica. A iminência é importante porque geralmente está relacionada a mandamentos de vida santa. Por isso, marcar datas também tem um impacto negativo na ética.

Ao mesmo tempo que marcar datas é claramente proibido na Palavra de Deus, acreditamos que é válido entender que Deus está preparando o cenário para Seu grande programa do fim dos tempos. O que isso significa? Como mencionamos anteriormente, o arrebatamento é um evento sem sinais, então é impossível identificar sinais específicos que indiquem sua proximidade. É por isso que todas as tentativas de datar o arrebatamento aplicaram erroneamente à Igreja passagens relacionadas ao plano de Deus para Israel. Um exemplo deste erro seria dizer que as festas de Israel (i.e., Rosh Hashanah) estão relacionados com a marcação da data do arrebatamento como observado acima. Mas, já que a Bíblia descreve os participantes, os eventos, e as nações envolvidas na tribulação final, podemos ver a preparação de Deus para os últimos sete anos das setenta semanas de Daniel para Israel.

Por exemplo, o fato de que Israel foi restabelecido como nação e agora controla Jerusalém é uma indicação forte de que a era da Igreja está chegando ao fim (Isaías 11.11-12.6; Ezequiel 20.33-44; 22.17-22; Sofonias 2.1-3). Mas isso só pode ser uma indicação geral, já que nenhum cronograma é dado especificamente para a atual preparação do cenário. Não podemos saber com certeza que somos a última geração antes do arrebatamento porque Deus pode resolver “preparar o cenário” durante os próximos 100 anos ou mais. O Dr. Walvoord diz corretamente:

Não há base bíblica para marcar datas para a volta do Senhor nem para o fim do mundo... Os intérpretes estão percebendo cada vez mais uma correspondência surpreendente entre a tendência óbvia dos eventos mundiais e o que a Bíblia previu séculos atrás.[1]

Jesus Cristo voltará! É nossa responsabilidade estar preparados para essa volta e para proclamar a salvação que Ele oferece, a fim de que outros também estejam preparados. (Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.chamada.com.br)

Notas

Walvoord, Armageddon, Oil and the Middle East Crisis, pp. 21-22.

Quais São os Sinais do Fim da Era da Igreja?

Salvo algumas exceções, a era da Igreja não é um período de cumprimento profético. Pelo contrário, a profecia será cumprida depois do Arrebatamento, em relação à ação de Deus com a nação de Israel nos sete anos da Tribulação. A atual era da Igreja, em que os crentes vivem hoje, não tem uma cronologia profética específica, como Israel e sua profecia das setenta semanas de anos (Daniel 9:14-27). No entanto, o Novo Testamento dá características gerais que descrevem a era da Igreja.

Até mesmo profecias específicas cumpridas durante a era da Igreja estão relacionadas ao plano profético de Deus para Israel e não diretamente para a Igreja. Por exemplo, a destruição profetizada de Jerusalém e seu Templo em 70 d.C. é relativa a Israel (Mateus 23.28; Lucas 19.43-44; 21.20-24). Portanto, não é contraditório que as preparações proféticas relacionadas a Israel já estejam acontecendo com o restabelecimento de Israel como nação em 1948, apesar de ainda estarmos vivendo na era da Igreja.

A era da Igreja não é caracterizada por eventos proféticos historicamente verificáveis, exceto seu início no Dia de Pentecostes e seu fim com o Arrebatamento. Mas o rumo geral desta era foi profetizado e pode oferecer uma visão panorâmica do que se pode esperar durante esta era.

Existem sinais relacionados ao plano divino do fim dos tempos para Israel?

Sim, existem muitos sinais relacionados ao programa divino do fim dos tempos para Israel. No entanto, devemos ter cuidado com a maneira como os relacionamos a nós hoje durante a era da Igreja. Já que os crentes de hoje vivem na era da Igreja, que terminará com o Arrebatamento da Igreja, sinais proféticos relacionados a Israel não são cumpridos nos nossos dias. Ao invés disto, o que Deus está fazendo profeticamente nos nossos dias é preparando o mundo ou "montando o cenário" para a hora em que Ele começará Seu plano relacionado a Israel, que envolverá o cumprimento dos sinais e dos tempos. Um indicador importante de que provavelmente estamos próximos do começo da Tribulação é o fato evidente de que a nação de Israel foi reconstituída depois de quase 2000 anos.

O que significa "montar o cenário"?

A atual era da Igreja não é uma época em que a profecia bíblica está sendo cumprida. A profecia bíblica está relacionada com um período depois do Arrebatamento (o período de sete anos da Tribulação). Porém, isto não quer dizer que durante a atual era da Igreja, Deus não esteja preparando o mundo para esse período futuro – na verdade, Ele está. Mas isto não é "cumprimento" específico de profecia bíblica. Portanto, mesmo que a profecia não esteja se cumprindo na nossa época, isto não quer dizer que não podemos identificar "tendências gerais" na atual preparação para a Tribulação vindoura, principalmente porque ela acontecerá logo depois do Arrebatamento. Chamamos esta abordagem de "montagem de cenário." Assim como muitas pessoas separam a roupa na noite anterior para usá-la no dia seguinte, Deus está preparando o mundo para o cumprimento certo da profecia no futuro.

O Dr. John Walvoord explica:

Mas se não há sinais para o Arrebatamento em si, quais são as fontes legítimas que levem a crer que o Arrebatamento esteja próximo desta geração?

A resposta não é encontrada em nenhum dos eventos proféticos previstos antes do Arrebatamento mas no entendimento dos eventos que seguem ao Arrebatamento. Assim como a história foi preparada para a primeira vinda de Cristo, ela está sendo preparada para os eventos que levam à Sua Segunda Vinda... Sendo assim, isto leva à conclusão inevitável de que o Arrebatamento pode estar inevitavelmente próximo.[1]

A Bíblia fornece profecias detalhadas sobre os sete anos da Tribulação. Na verdade, Apocalipse 4-19 oferece um esboço detalhado e ordenado dos participantes e eventos principais. Com base em Apocalipse, o estudante da Bíblia pode harmonizar as centenas de outras passagens bíblicas que falam da Tribulação num modelo claro do que será o próximo período de tempo no planeta Terra. Com esse modelo para nos guiar, podemos ver que Deus já está preparando ou montando o cenário para o mundo, no qual o grande drama da Tribulação se desdobrará. Assim, esse período futuro lança sobre a nossa época uma sombra de expectativa, de tal forma que os eventos atuais oferecem sinais discerníveis dos tempos. (Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.chamada.com.br)

Notas

1. John F. Walvoord, Armageddon, Oil and the Middle East Crisis, revised (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1990), p. 217.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Profecias Maias

1ª profecia Maia: A partir de 1999 resta-nos 13 anos, para realizarmos mudanças e fugirmos da destruição. O mundo acabará em 2012.

Jesus disse: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão O Pai" Mc 13: 32. (Se referindo ao fim dos tempos)

2ª Profecia: O comportamento da humanidade mudaria rapidamente a partir do eclipse solar de 11 de Agosto de 1999.

O comportamento da humanidade mudou já no inicio da criação, no jardim do Éden. Criado perfeito e revestido de glória, o homem, com o livre arbítrio, dado por Deus, escolheu desobedecer ao criador e dar ouvidos ao enganador (Satanás). A consequência foi a entrada do pecado no mundo e a mudança do comportamento do gênero humano. Gn 3:1-24. O homem, foi destituído da glória inicial:"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus"Rm 3:23.

3ª e 4ª Profecias: Aquecimento global, derretimento dos gelos nos pólos, mudanças climáticas sem precedentes e a uma velocidade assombrosa.


A Escritura descreve o declínio do planeta com precisão:

"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes do céu serão abalados (Lc 21:25,26) Também Is 24:4,5 Mt 24:6. Essa profecia Divina é bem anterior aos Maias. A Bíblia nos revela que Jesus, È o verbo que se fez carne (Jo 1:1,2). Ou seja, Ele criou, todas as coisas. Era a Palavra de Gênesis (Gn 1). Os Maias, acertaram, porém, não seriam os primeiros a revelar os segredos do declínio ambiental no planeta. Uma prova, de que Deus É soberano e somente a Ele devemos honra e glória: "As primeiras coisas desde a antiguidade as anunciei; da minha boca saíram, e eu as fiz ouvir; apressuradamente as fiz, e aconteceram" Is 48:3.

5ª Profecia: O medo se acabará para dar lugar a uma nova realidade.
6ªUm cometa colocará em perigo a humanidade

Os males terrenos, só serão extintos com a 2ª vinda de Cristo:" E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas" Ap 21:4. Enquanto isso, a humanidade sofrerá as consequências do pecado, da rebeldia contra Deus. Ele criou todas as coisas boas (Gn 1:31), após rejeitar o bem, escolhendo o mal, o homem se tornou escravo de suas escolhas. Enquanto houver humanidade, haverá medo e dor. Essa profecia, portanto, não irá se cumprir da forma que os Maias anunciaram. É uma "furada".

7ª Profecia: Mudanças no sistema solar. Entre 1999 e 2012, a luz emitida do centro da galáxia provoca transformação interna, novas realidades e capacidade de superação através do pensamento.

Uma mudança no sistema solar, provocaria transformação interna? As pessoas alcançariam superação, através do pensamento? Que absurdo! Isso é ficção! A Bíblia relata que nos últimos dias haveria sinais no sol, na lua e nas estrelas(Lc 21:11,25,26- Mc 13:24). Os astros, porém, não têm poder para transformar quem quer que seja. Mudam estações, influenciam na natureza, no planeta. O homem possui espírito, incapaz de ser compreendido pelo que não é espírito.

"Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens . Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo" Jo 1:4,9. Na Bíblia, a única luz, capaz de transformar o homem, chama-se Jesus.

Os Maias, acreditavam que o sol era um Deus, esse é o motivo de creditarem a ele muitos benefícios dados ao homem. Essa teoria, porém, não tem fundamento. O sol, está sujeito ás leis de Deus: céu e terra, são regidos por quem os criou (Sl 119:89-91).

Se você, está acreditando que o mundo irá acabar em 2012, porque os Maias assim disseram, lembre-se, muitos falsos profetas já aguardaram e pronunciaram outros fins, que nunca vieram. Essa é mais uma mentira. Devemos nos preparar, em espírito e em verdade, para a volta de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, Ele mesmo falou que voltaria. Não marcou dia, nem hora.Há uma necessidade de estarmos sempre preparados. Como? Arrependendo-se do passado, entregando toda a vida a Jesus, obedecendo-o, de acordo com sua Palavra. O homem que assim o fizer, estará salvo, para todo o sempre. Amém.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" Jo 3:16. Acredite, essa é a maior profecia de todos os tempos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Provas biblícas

Arqueologia

É a ciência que estuda a vida e a cultura dos povos antigos por meios de escavações, ou através de documentos, monumentos e objetos, estabelecendo relações entre si no tempo e espaço.
Arqueologia bíblica. Até o século XIX, o estudo da Bíblia sofreu limitações decorrente da quase total ausência de informações históricas extrabíblicas sobre os fatos narrados na Bíblia. Com as descobertas proporcionadas pelas escavações arqueológicas, foi possível compor um quadro geral mais nítido de todo o mundo antigo contemporâneo de Israel e do cristianismo primitivo, isto é, desde a civilização sumeriana, da qual saiu Abraão, até à época do helenismo e do Império Romano, em que houve a expansão do Evangelho. Devido a exiguidade de espaço, citaremos alguns achados arqueológicos importantes:
Em 1902, uma expedição francesa descobriu, em Susã, o Código de Hamurabi, que os Assiriólogos identificam como o rei Anrafel de Gn.14.
Em 1905, uma expedição Germânica descobriu a Sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus ensinou muitas vezes, Mc. 1:21,22: "Entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava. E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade e não como os escribas."
Em 1908 -10, A Universidade de Harvard e a Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram a "Casa de Marfim" do rei Acabe, Am. 3:15.
Em 1922-23, foi encontrada a "Fortaleza de Saul". I Sm. 10:26.
Os Rolos do Mar Morto

F oi a maior descoberta arqueológica, que dá maior suporte aos estudiosos da Bíblia, principalmente aos do Criticismo Textual, ocorreu na primavera de 1947 por um jovem pastor árabe, Muhammad adh-Dhib, quando perseguia uma cabra, a 12 Km ao sul de Jericó e 1500m a oeste do mar Morto. Em uma Gruta ele descobriu umas jarras que continham vários rolos de couro. Em fevereiro de 1956, foram feitas escavações próximo a Qumran, e foram encontrado quase todo o V.T., com data dos escritos entre 100 a 50 AC. Nestas grutas os essênios, seita religiosa judaica que existia na época de Cristo, haviam guardado sua biblioteca. Quando a comunidade foi destruída pelo exército romano a biblioteca ficou soterrada.

A GUERRA DO ARMAGEDOM



Na segunda parte da grande tribulação, no final para ser mais exato, acontecerá a 3º guerra mundial, onde países do mundo inteiro irão concentrar suas forcas militares para conquistar o poder do planeta ao lado do anticristo. Nesta grande guerra, as terras de Israel e seus habitantes, serão o grande alvo dos reis da terra, e do anticristo, que nesta ocasião depois de quebrar o concerto que fez com Israel, estará reinando em Jerusalém. Isaías 28:15, Daniel 9:27. O Vale do Armagedom, que também se chama Megido, esta situado em Israel, onde foi palco das grandes guerras dos Reis de Israel no velho testamento. II Reis 9:27 e 23:29, Zacarias 12:11, Juizes5:19.


Senhor irá reunir no Armagedom os povos do mundo inteiro para fazer guerra com Israel.

• O país ao norte de Israel que é a Rússia ( Gogue ) Ezequiel 38:1 a 15 39: 1 a 6
• Os reis do Oriente ( Japão, China, Coréia, etc. ) Apocalipse 16:12 e 16
• Muitos povos com a Rússia. Ezeq. 38:16 e 23, Zacarias 14:4, Joel 2:20
• A guerra será contra Israel Ezequiel 39:2
• O Exercito dos povos do mundo inteiro estarão no Armagedom Joel 3:2
• O Armagedom se chamara “ vale da multidão de Gogue” Ezequiel 39:11 e 15


Quando a 3º guerra estiver no clima máximo, e todos os povos da terra estiverem no vale do Armagedom, para enfim exterminar o povo Judeu, o que o alemão Hitler já tentou fazer, e o povo judeu estiver em tamanho aperto, quando tudo parecer estar destruído e acabado, os judeus irão clamar ao messias, Deut. 4:30, Ezequiel 39:22, e neste momento o acontecimento máximo terá enfim a sua hora, pois o Cristo que foi rejeitado e morto pêlos Judeus, será enfim aceito pelo seu povo, e então o Senhor virá para socorrer Israel das garras do anticristo e todas as nações da terra. Apocalipse 19:14 a 16.


• Os pés do Senhor estarão sobre o monte das oliveiras Zacarias 14:4
• A Igreja virá do céu junto com Cristo Judas 1:14, Apocalipse 19:14, Zacarias 14:5
• Todo o joelho se dobrara diante de Cristo Salmos 86:9, Rom. 14:11, Filip. 2:10, Ap. 15:4
• Todo olho o verá Apocalipse 1:7


O Senhor irá guerrear com o anticristo, nesta hora a luta do século, do milênio, de todos os tempos, terá seu inicio, Cristo não expulsara o demônio, ele vai o desfazer por completo.

• O Senhor aniquilara o demônio com o esplendor de sua gloria II Tess. 2:7-8
• O Senhor irá esmagar satanás debaixo de seus pés. Romanos 16:20
• O Senhor irá prender a besta Apocalipse 19:20


Quero lembrar o leitor que satanás é uma criatura de Deus, e como todos sabem Deus é eterno, e por isso satanás não poder ser destruído, assim como o homem, Deus ao fazer o homem soprou em sua narinas o fôlego de vida, e assim o homem passou a ser eterno, assim como o seu criador, o homem pode ser punido a viver eternamente nas trevas, porem não pode ser destruído, assim também satanás não pode ser destruído, mas vencido, é por esta razão que no final do milênio, satanás volta a enganar os moradores da terra, e novamente fará guerra contra Cristo, mas desta vez, Jesus o vencerá novamente, e o lançara no lago de fogo para sempre. Apocalipse 20:7 a 10



Nesta hora e dia como já vimos, todas as nações da terra estarão em Jerusalém fazendo guerra contra Israel, mas Cristo ira derrotar a todas as nações.


Neste dia,

• A Gloria do Senhor será conhecida por todos os povos Ezequiel 38:16
• O Senhor Vencerá a guerra para Israel Zacarias 14:3, Apoc. 19:19-21, Ezequiel 39:1 a 4
• Os povos da terra saberão quem é o Senhor. Ezequiel 38:23, e 39:6, 7 e 13 e 21
• O Enterro dos mortos durara sete meses Ezequiel 39:14-15
• Demorará sete anos para queimar todas as armas Ezequiel 39:9-10
• O corpo dos reis e poderosos da terra servirá de pasto Ezequiel 39:4,17 a 29

As 95 Teses de Lutero




[Essas teses foram afixadas na porta da igreja do Castelo de Wittenberg a 1o de outubro de 1517. Era esse o modo usual de se anunciar uma disputa, instituição regular da vida universitária e não havia nada de dramático no ato. Lutero confiava receber o apoio do papa pelo fato de revelar os males do tráfico das indulgências.]
Uma disputa do Mestre Martinho Lutero, teólogo, para elucidação da virtude das indulgências.
Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, o façam por escrito. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
1. Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo em dizendo "Arrependei-vos, etc.), afirmava que toda a vida dos fiéis deve ser uma ato de arrependimento.
2. Essa declaração não pode ser entendida como o sacramento da penitência (i. e., confissão e absolvição) que é administrado pelo sacerdócio.
3. Contudo, não pretende falar unicamente de arrependimento interior; pelo contrário, o arrependimento interior é vão se não produz externamente diferentes espécies de mortificação da carne.
4. Assim, permanece a penitência enquanto permanece o ódio de si (i. e., verdadeira penitência interior), a saber, o caminho reto para entrar no reino dos céus.
5. O papa não tem o desejo nem o poder de perdoar quaisquer penas, exceto aquelas que ele impôs por sua própria vontade ou segundo a vontade dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoado os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de ninguém sem sujeitá-lo à humilhação sob todos os aspectos perante o sacerdote, vigário de Deus.
8. Os cânones da penitência são impostas unicamente sobre os vivos e nada deveria ser imposta aos mortos segundo eles.
9. Por isto o Espírito Santo nos beneficia através do papa, mas sempre faz exceção de seus decretos no caso da iminência da morte e da necessidade.
10. Os sacerdotes que no caso de morte reservam penas canônicas para o purgatório agem ignorante e incorretamente.
11. Esta cizânia que se refere à mudança de penas canônicas em penas no purgatório certamente foi semeada enquanto os bispos dormiam.
12. As penitências canônicas eram impostas antigamente não depois da absolvição, mas antes dela, como prova de verdadeira contrição.
13. Os moribundos pagam todas as suas dívidas por meio de sua morte e já estão mortos para as leis dos cânones, estando livres de sua jurisdição.
14. Qualquer deficiência em saúde espiritual ou e amor por parte de um homem moribundo deve trazer consigo temor, e quanto maior for a deficiência maior deverá ser o temor.
15. Esse temor e esse terror bastam por si mesmos para produzir as penas do purgatório, sem qualquer outra coisa, pois estão pouco distante do terror do desespero.
16. Com efeito, a diferença entre Inferno, Purgatório e Céu parece ser a mesma que há entre desespero, quase-desespero e confiança.
17. Parece certo que para as almas do purgatório o amor cresce na proporção em que diminui o terror.
18. Não parece estar provado, quer por argumentos quer pelas Escrituras, que essas almas estão impedidas de ganhar méritos ou de aumentar o amor.
19. Nem parece estar provado que elas estão seguras e confiantes de sua bem-aventurança, ou, pelo menos, que todas o estejam, embora possamos estar seguros disso.
20. O papa pela remissão plenária de todas as penas não quer dizer a remissão de todas as penas em sentido absoluto, mas somente das que foram impostas por ele mesmo.
21. Por isto estão em erro os pregadores de indulgências que dizem ficar um homem livre de todas as penas mediante as indulgências do papa.
22. Pois para as almas do purgatório ele não perdoa penas a que estavam obrigadas a pagar nesta vida, segundo os cânones.
23. Se é possível conceder remissão completa das penas a alguém, é certo que somente pode ser concedida ao mais perfeito; isto quer dizer, a muito poucos.
24. Daí segue-se que a maior parte do povo está sendo enganada por essas promessas indiscriminadas e liberais de libertação das penas.
25. O mesmo poder sobre o purgatório que o papa possui em geral, é possuído pelo bispo e pároco de cada dioceses ou paróquia.
26. O papa faz bem em conceder remissão às almas não pelo poder das chaves (poder que ele não possui), mas através da intercessão.
27. Os que afirmam que uma alma voa diretamente para fora (do purgatório) quando uma moeda soa na caixa das coletas, estão pregando uma invenção humana (hominem praedicant).
28. É certo que quando uma moeda soa, cresce a ganância e a avareza; mas a intercessão (suffragium) da Igreja está unicamente na vontade de Deus.
29. Quem pode saber se todas as almas do purgatório desejam ser resgatadas? (Que se pense na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal).
30. Ninguém está seguro na verdade de sua contrição; muito menos de que se seguirá a remissão plenária.
31. Um homem que verdadeiramente compra suas indulgências é tão raro como um verdadeiro penitente, isto é, muito raro.
32. Aqueles que se julgam seguros da salvação em razão de suas cartas de perdão serão condenados para sempre juntamente com seus mestres.
33. Devemos guardar-nos particularmente daqueles que afirmam que esses perdões do papa são o dom inestimável de Deus pelo qual o homem é reconciliado com Deus.
34. Porque essas concessões de perdão só se aplicam às penitências da satisfação sacramental que foram estabelecidas pelos homens.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plenária tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de perdão.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem cartas de perdão.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.
39. É muito difícil, mesmo para os teólogos mais sábios, dar ênfase na pregação pública simultaneamente ao benefício representado pelos indulgências e à necessidade da verdadeira contrição.
40. Verdadeira contrição exige penitência e a aceita com amor; mas o benefício das indulgências relaxa a penitência e produz ódio a ela. Tal é pelo menos sua tendência.
41. Os perdões apostólicos devem ser pregados com cuidado para que o povo não suponha que eles são mais importantes que outros atos de amor.
42. Deve ensinar-se aos cristãos que não é intenção do papa que se considera a compra dos perdões em pé de igualdade com as obras de misericórdia.
43. Deve ensinar-se aos cristãos que dar aos pobres ou emprestar aos necessitados é melhor obra que comprar perdões.
44. Por causa das obras do amor o amor é aumentado e o homem progride no bem; enquanto que pelos perdões não há progresso na bondade mas simplesmente maior liberdade de penas.
45. Deve ensinar-se aos cristãos que um homem que vê um irmão em necessidade e passa a seu lado para dar o seu dinheiro na compra dos perdões, merece não a indulgência do papa, mas a indignação de Deus.
46. Deve ensinar-se aos cristãos que – a não ser que haja grande abundância de bens – são obrigados a guardar o que é necessário para seus próprios lares e de modo algum gastar seus bens na compra de perdões.
47. Deve ensinar-se aos cristãos que a compra de perdões é matéria de livre escolha e não de mandamento.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que de dinheiro contado.
49. Deve ensinar-se aos cristãos que os perdões do papa são úteis se não se põe confiança neles, mas que são enormemente prejudiciais quando por causa deles se perde o temor de Deus.
50. Deve ensinar-se aos cristãos que, se o papa conhecesse as exações praticadas pelos pregadores de indulgências, ele preferiria que a basílica de São Pedro fosse reduzida a cinzas a construí-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve ensinar-se aos cristãos que o papa – como é de seu dever – desejaria dar os seus próprios bens aos pobres homens de quem certos vendedores de perdões extorquem o dinheiro; que para este fim ele venderia – se fosse possível – a basílica de São Pedro.
52. Confiança na salvação por causa de cartas de perdões é vã, mesmo que o comissário, e até mesmo o próprio papa, empenhasse sua alma como garantia.
53. São inimigos de Cristo e do povo os que em razão da pregação das indulgências exigiam que a palavra de Deus seja silenciada em outras igrejas.
54. Comete-se uma injustiça para com a palavra de Deus se no mesmo sermão se concede tempo igual, ou mais longo, às indulgências do que a palavra de Deus.
55. A intenção do papa deve ser esta: se a concessão dos perdões – que é matéria de pouca importância – é celebrada pelo toque de um sino, como uma procissão e com uma cerimônia, então o Evangelho – que é a coisa mais importante – deve ser pregado com o acompanhamento de cem sinos, de cem procissões e de cem cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja – de onde o papa tira as indulgências – não estão suficientemente esclarecidos nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É pelo menos claro que não são tesouros temporais, porque não estão amplamente espalhados mas somente colecionados pelos numerosos vendedores de indulgências.
58. Nem são os méritos de Cristo ou dos santos, porque esses, sem o auxílio do papa, operam a graça do homem interior e a crucificação, morte e descida ao inferno do homem exterior.
59. São Lourenço disse que os pobres são os tesouros da Igreja, mas falando assim estava usando a linguagem de seu tempo.
60. Sem violências dizemos que as chaves da Igreja, dadas por mérito de Cristo, são esses tesouros.
61. Porque é claro que para a remissão das penas e a absolvição de casos (especiais) é suficiente o poder do papa.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossento Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este é merecidamente o mais odiado, visto que torna o primeiro último.
64. Por outro lado, os tesouros das indulgências são merecidamente muito populares, visto que fazem do último primeiro
65. Assim os tesouros do Evangelho são redes com que desde a Antigüidade se pescam homens de bens.
66. Os tesouros das indulgências são redes com que agora se pescam os bens dos homens.
67. As indulgências, conforme declarações dos que as pregam, são as maiores graças; mas "maiores" se deve entender como rendas que produzem.
68. Com efeito, são de pequeno valor quando comparadas com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Bispos e párocos são obrigados a admitir os comissários dos perdões apostólicos com toda a reverência.
70. Mas estão mais obrigados a aplicar seus olhos e ouvidos à tarefa de tornar seguro que não pregam as invenções de sua própria imaginação em vez de comissão do papa.
71. Se qualquer um falar contra a verdade dos perdões apostólicos que sejam anátema e amaldiçoado.
72. Mas bem-aventurado é aquele que luta contra a dissoluta e desordenada pregação dos vencedores de perdões.
73. Assim como o papa justamente investe contra aqueles que de qualquer modo agem em detrimento do negócio dos perdões.
74. Tanto mais é sua intenção investir contra aqueles que, sob o pretexto dos perdões, agem em detrimento do santo amor e verdade.
75. Afirmar que os perdões papais têm tanto poder que podem absolver mesmo um homem que – para aduzir uma coisa impossível – tivesse violado a mão de Deus, é delirar como um lunático.
76. Dizemos ao contrário, que os perdões papais não podem tirar o menor dos pecados veniais no que tange à culpa.
77. Dizer que nem mesmo São Pedro e o papa, não podia dar graças maiores, é uma blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc. como em 1 Co 12.
79. É blasfêmia dizer que a cruz adornada com as armas papais tem os mesmos efeitos que a cruz de Cristo.
80. Bispos, párocos e teólogos que permitem que tal doutrina seja pregada ao povo deverão prestar contas.
81. Essa licenciosa pregação dos perdões torna difícil, mesmo a pessoas estudadas, defender a honra do papa contra a calúnia, ou pelo menos contra as perguntas capciosas dos leigos.
82. Esses perguntam: Por que o papa não esvazia o purgatório por um santíssimo ato de amor e das grandes necessidades das almas; isto não seria a mais justa das causas visto que ele resgata um número infinito de almas por causa do sórdido dinheiro dado para a edificação de uma basílica que é uma causa bem trivial?
83. Por que continuam os réquiens e os aniversários dos defuntos e ele não restitui os benefícios feitos em seu favor, ou deixa que sejam restituídos, visto que é coisa errada orar pelos redimidos?
84. Que misericórdia de Deus e do papa é essa de conceder a uma pessoa ímpia e hostil a certeza, por pagamento de dinheiro, de uma alma pia em amizade com Deus, enquanto não resgata por amor espontâneo uma alma que é pia e amada, estando ela em necessidade?
85. Os cânones penitenciais foram revogados de há muito e estão mortos de fato e por desuso. Por que então ainda se concedem dispensas deles por meio de indulgências em troca de dinheiro, como se ainda estivesse em plena força?
86. As riquezas do papa hoje em dia excedem muito às dos mais ricos Crassos; não pode ele então construir uma basílica de São Pedro com seu próprio dinheiro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos fiéis?
87. O que o papa perdoa ou dispensa àqueles que pela perfeita contradição têm direito à remissão e dispensa plenária?
88. Não receberia a Igreja um bem muito maior se o papa fizesse cem vezes por dia o que agora faz uma única vez, isto é, distribuir essas remissões e dispensas a cada um dos fiéis?
89. Se o papa busca pelos seus perdões antes a salvação das almas do que dinheiro, por que suspende ele cartas e perdões anteriormente concedidos, visto que são igualmente eficazes?
90. Abafar esses estudos argumentos dos fiéis apelando simplesmente para a autoridade papal em vez de esclarecê-los mediante uma resposta racional, é expor a Igreja e o papa ao ridículo dos inimigos e tornar os cristãos infelizes.
91. Se os perdões fossem pregados segundo o espírito e a intenção do papa seria fácil resolver todas essas questões; antes, nem surgiriam.
92. Portanto, que se retirem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "paz, paz", e não há paz.
93. E adeus a todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "a cruz, a cruz", e não há cruz.
94. Os cristãos devem ser exortados a esforçar-se em seguir a Cristo, sua cabeça, através de sofrimentos, mortes e infernos.
95. E que eles confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

Presciência de Deus, predestinação e livre-arbítrio humano

  🕊️ 1. Jesus sabia que Judas o trairia? Sim, Jesus sabia. A Bíblia deixa claro que Jesus sabia de antemão que Judas o trairia: ...