Apologia

02/06/2016

A questão do cabelo e do véu



Alguns religiosos dizem que a mulher que corta os seus cabelos vai para o inferno. Outros ainda acrescentam que é importante e necessário o uso do véu no culto. Alguns chegam a arvorar que o cabelo quando cortado, devido a sua importância e santidade, é misteriosamente guardado em uma caixa de ouro celestial! Isso é absurdo! Não passa de uma lenda para provar uma doutrina sem o devido embasamento teológico! O texto mal interpretado é I Co 11.1-16.

Logo abaixo iremos mostrar que o cabelo e o véu, ou qualquer doutrina que o homem possa engendrar, jamais poderá substituir a graça de Deus.

Todavia para extrairmos uma interpretação correta do referido texto, iremos analisar a opinião de alguns teólogos e historiadores, que com toda segurança e sinceridade escreveram sobre o assunto.

Segue o comentário do livro do - Dr. OPINAM C. Stamps: “Paulo sustenta que o homem é a cabeça da mulher. Este fato subentende a subordinação da mulher. Deste modo, estabelece-se uma cadeia de comando: Deus, Cristo, o homem, a mulher. A partir desta proposição deduzem-se decorrências práticas. As mulheres estão erradas, se de qualquer forma, modificam suas diferenças em relação aos homens. Esta admoestação é verdadeira em qualquer circunstância. Paulo dá o exemplo da diferença no vestir. Uma das maneiras de se ver esta diferença estava na maneira dessas mulheres manterem o cabelo. Este devia permanecer de tal maneira que distinguissem os homens das mulheres. O cabelo da mulher simbolizava sua submissão e lealdade a seu marido (por causa do costume da época). Paulo também declara que o cabelo longo é uma vergonha para o homem.”


O Comentário da Bíblia Explicada: “A mulher cobria a cabeça nos dias de Paulo, como sinal de modéstia e subordinação ao marido, e para demonstrar a sua dignidade. O véu significava que ela devia ser respeitada e honrada como mulher casada. Sem véu, ela não tinha dignidade; os homens não respeitavam mulheres sem véu, pois deste modo elas se exibiam pública e indecorosamente. Sendo assim, o véu era um sinal do valor, da dignidade e da importância da mulher conforme Deus a criou (conceito da época). O princípio subjacente no caso do véu, ainda é necessário hoje. A mulher cristã deve vestir-se de modo modesto e cuidadoso, honroso e digno, para sua segurança e seu devido respeito aonde quer que for. A mulher , ao vestir-se de modo modesto e apropriado para a glória de Deus, ressalta a sua própria dignidade, valor e honra que Deus lhe deu. Era costume oriental, no tempo dos apóstolos, a mulher cobrir o rosto com o véu quando andava nas ruas , porém podia dar-se o caso, enquanto ela lavava roupa no córrego, passar algum homem, e encará-la. Mesmo assim, no caso de não ter o véu disponível, teria um recurso: cobrir o rosto, com o seu cabelo comprido. Assim ela ter cabelo comprido lhe era “honroso”, mostrando que não era mulher destituída de pudor.”


Citarei ainda o Manual Bíblico do Dr. Halley: “Era costume nas cidades gregas e orientais as mulheres cobrirem a cabeça, em público, salvo as mulheres devassas (prostitutas). Corinto estava cheia de prostitutas, que funcionavam nos templos (de Afrodite). Algumas mulheres cristãs, prevalecendo-se da liberdade recém achada em Cristo, afoitavam-se em por de lado o véu nas reuniões da igreja, o que horrorizava as outras mais modestas. Diz-lhes o apóstolo que não afrontem a opinião pública com relação ao que é considerado conveniente à decência feminil. Homens e mulheres têm o mesmo valor a vista de Deus. Há, porém, certas distinções naturais entre homens e mulheres, sem as quais a sociedade humana não poderia existir. Mulheres cristãs vivendo em sociedade pagã (pessoas que não conhecem a Deus), devem ser cautelosos sem suas inovações, para não trazer descrédito à sua religião. Geralmente vai mal quando as mulheres querem parecer homens.”


Não devemos dar valor ao que não é valorizado


A verdade é que o uso do véu era algo peculiar da igreja dos Coríntios, era um problema local. Não podemos transformá-lo em doutrina universal para a igreja! Mesmo porque, o apóstolo dos gentios nunca ensinou sobre o uso do cabelo e do véu para outras igrejas. Em nenhuma outra epístola iremos encontrar tal ensinamento. Contudo se as mulheres de hoje fossem praticar o uso do véu, teriam que usá-lo fora da igreja também como fazia as mulheres da época, e não somente durante o culto! Tudo isso mostra a incoerência de alguns em sustentar uma doutrina extra-bíblica.

É oportuno chamar a atenção para dois textos do V.T sobre esse tema:


“Então, se rapará” (aqui está se referindo a purificação do leproso, independentemente do sexo)- Levítico 13.33


“Então, a trarás para a tua casa, e ela (a mulher) rapará a cabeça”. (lei acerca da mulher prisioneira) – Deuteronômio 21.12

Nestes dois textos vemos a Lei de Deus determinar que o cabelo da mulher fosse rapado.

No primeiro caso temos a purificação da mulher leprosa, que quando curada da lepra tinha que rapar totalmente a sua cabeça. Depois, o caso da mulher que era presa nas guerras e trazida para o meio do povo de Deus, esta para ser recebida entre o povo, deveria rapar a cabeça.

Deus poderia curar a mulher leprosa sem ser necessário determinar que sua cabeça fosse rapada. A mulher capturada na guerra poderia ser recebida entre o povo judeu sem precisar ter o seu cabelo cortado. Conjecturamos, diante dos textos bíblicos, que “se o cabelo fosse tão importante, como muitas vezes é pregado, será que nesses dois textos Deus ordenaria o seu corte a ponto de que essas mulheres ficassem totalmente rapadas?”

A exegese correta, do referido texto (I Co 11.1-16), ocorre quando fazemos uma contextualização antropológica dos costumes dos povos primitivos (Cf. Gênesis 38.14-15). Comparando o texto da carta de Paulo com o livro de Gênesis chega-se a conclusão que o cabelo e o véu são uma questão de cultura e costumes de tempos bíblicos. Para os coríntios o cabelo (que era dado em lugar do véu), é sinônimo de santidade e honra, mas o mesmo véu em Gênesis é usado como disfarce para Tamar (nora de Judá) passar-se por uma prostituta. Não podemos entender isso se não levarmos em conta os costumes da época e seus valores culturais.

Endossamos plenamente o que Paulo disse: “Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus” (I Co 11.16).


Fonte: cacp.org.br
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27/05/2016

12 falsas profecias de EG White12 falsas profecias de EG White.

12  Profecias de Ellen White que não se cumpriram.
1.  Ellen G. White predisse que a Inglaterra declararia guerra contra os Estados Unidos. Sua profecia com relação a Inglaterra dizia respeito à Guerra Civil americana e não se cumpriu. (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 259).
2.  Ellen G. White predisse que Jerusalém jamais seria reconstruída. A cidade de Jerusalém foi reconstruída e Israel voltou a existir como país. (Primeiros Escritos, p. 75).
3.  Ellen G. White, baseando-se equivocadamente em outros autores, predisse que a Turquia deixaria de existir. A Turquia continua a existir e atualmente não parece haver possibilidades de que venha a deixar de ser um país tão cedo. (Ver Josiah Litch, “The Rise and Progress of Adventism,” The Advent Shield and Review, maio de 1844, p. 92, citado em Seventh-day Adventist Bible Students’ Source Book, p. 513). (Ver The Seventh-day Adventist Encyclopedia , vol. 11, pp. 51 e 52).
4.  Ellen G. White profetizou que alguns que estavam vivos em 1856 estariam vivos por ocasião do retorno de Cristo. (O Testemunho de Jesus, p. 108). Ela se referia a pessoas que estavam presentes em uma reunião da Igreja Adventista e por já haverem morrido todos, essa profecia também não se cumpriu.
5.  Ellen G. White afirmou em 1850 que Cristo retornaria em poucos meses. (Primeiros Escritos 58, 64, 67).
6.  Ellen G. White afirmou que a Guerra Civil Americana era um sinal de que Cristo iria logo retornar. (Testimonies For The Church, T.1:260). A Guerra Civil americana terminou em 1865.
7.  Ellen G. White profetizou que Cristo voltaria antes da escravidão ser abolida. (Early Writings, pp 35).
8.  Ellen G. White profetizou que a escravidão seria restabelecida nos estados do sul dos Estados Unidos. (Spalding, Magan Collection, page 21 et 2 MR #153, page 300). O contexto da sua declaração era também por ocasião da Guerra civil Americana e essa profecia não se cumpriu. Talvez possa se cumprir no futuro.
9.  Ellen G. White profetizou que a “Terra será logo despovoada” se Jesus demorar a voltar. (Testimony” #8, p.94, in Spiritual Gifts III-IV – Battle Creek: Steam Press, 1864). A despeito de tantas guerras, fomes e epidemias, o que vemos é que a Terra está cada vez mais povoada a medida que o tempo passa.
10.  Ellen White predisse que os senhores dos escravos dos seus dias experimentariam as sete últimas pragas descritas no livro do Apocalipse. (Early Writings, p. 276). Todos os senhores dos escravos de seu tempo já estão mortos.
11.  Ellen G. White profetizou que estaria viva quando Jesus regressasse. (Early Writings, pp. 15-16).

12.Às vezes Sra. White fazia predições específicas que envolviam certas pessoas. Uma delas foi o pioneiro adventista Moses Hull. Em 1862 Hull estava no processo de perder sua fé no adventismo. Parece que o casal White desistiu de argumentar com ele e agora Ellen G. White 
Postado por Luciano Sena do http://mcapologetico.blogspot.com.br/
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23/10/2014

      Os 4 perigos das Testemunhas de Jeová




A organização Testemunhas de Jeová afirma ser o único grupo cristão verdadeiro em todo o mundo. Diz que todas as outras igrejas, sejam católicas ou protestantes, ensinam coisas erradas e que qualquer pessoa que não seja Testemunha de Jeová será destruída por Deus. Entretanto, os fatos mostram que esse grupo é uma seita enganosa.
Aqui estão quatro razões pelas quais se deve evitar a organização Testemunhas de Jeová.

1. As Testemunhas de Jeová negam os ensinamentos centrais da Bíblia.

A ORGANIZAÇÃO TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGA QUE JESUS CRISTO É DEUS. Em vez disso, ensinam que Jesus Cristo é um anjo criado.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que Jesus Cristo, o Filho, é Deus. Por exemplo, Hebreus 1:8 diz "Mas a respeito do Filho, Ele diz: o teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos...". Muitos outros versículos também ensinam isso – João 1:1,14; 20:26-28; Atos 20:28; Romanos 9:5; Hebreus 1:3, 8-9; 2ª Pedro 1:1 etc.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE JESUS CRISTO. Em vez disso, ensinam que Deus Pai eliminou o corpo de Jesus, dissolvendo-o em gases. As publicações das Testemunhas declaram: "Então, que aconteceu ao corpo carnal de Jesus? ... Deus removeu o corpo de Jesus ... assim como fizera antes com o corpo de Moisés", "o homem terrestre, Jesus de Nazaré, não mais existe".1

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o corpo de Jesus foi ressuscitado, trazido novamente à vida. Por exemplo, Jesus diz, em Lucas 24:39: "Vede as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Apalpai-me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho". Veja também João 2:19-21; João 20:26-28; 1ª Coríntios 15:6,14.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM QUE O ESPÍRITO SANTO É DEUS. Em vez disso, ensinam que o Espírito Santo é uma "força" impessoal, como a eletricidade.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o Espírito Santo é Deus. Atos 5:3,4 diz: "Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo...? (...) Não mentiste aos homens, mas a Deus". Veja também — João 14:16,17; 16:13-15; Romanos 8:26,27; 2ª Coríntios 3:6,17,18; Efésios 4:30.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM QUE A SALVAÇÃO É UMA DÁDIVA GRATUITA DE DEUS. Em vez disso, ensinam que a salvação só pode ser merecida ou conquistada por se unir à sua organização e trabalhar para a mesma. Esta é a única forma de escapar do juízo de Jeová, pois fora da organização não há possibilidade de salvação.2

No entanto, a Bíblia ensina claramente que a salvação não pode ser conquistada, vindo somente de forma gratuita e por iniciativa e misericórdia do próprio Deus. Efésios 2:8, 9 diz: "Porque pela graça sois salvos, através da fé ¾ e isto não vem de vós, é um dom de Deus; não pode ser obtido por obras, para que ninguém se glorie". Veja também — Romanos 4:1-4; Gálatas 2:16; Tito 3:5.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A PUNIÇÃO ETERNA PARA O ÍMPIO. Em vez disso, ensinam que os maus serão aniquilados e deixarão de existir.

No entanto, a Bíblia ensina claramente a punição eterna do ímpio. Mateus 25:41,46 diz: "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna". Veja também Mateus 18:8; 2ª Tessalonicenses 1: 8, 9; Apocalipse 14:10,11; 20:10,15.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM QUE OS SERES HUMANOS TÊM UM ESPÍRITO QUE EXISTE APÓS A MORTE. Em vez disso, ensinam que, da mesma maneira que acontece aos animais, a vida de uma pessoa deixa de existir quando ela morre.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o espírito humano continua a ter uma existência consciente após a morte. 2ª Coríntios 5:8 diz: "Mas temos confiança, preferindo deixar este corpo e habitar com o Senhor". Veja também Lucas 16:19-31; Filipenses 1:23,24; Apocalipse 6:9-11.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ ENSINAM QUE A VIDA ETERNA NA PRESENÇA DE DEUS É SOMENTE PARA UM GRUPO SELECTO. Afirmam que a experiência do novo nascimento será restrita a um grupo de apenas 144.000 testemunhas de Jeová, e que somente estas poderão viver para sempre com Deus no céu; todas as outras testemunhas de Jeová ficarão na terra.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que todos que põe sua fé em Jesus Cristo terão vida eterna na presença de Deus. A Bíblia se refere a esse grupo como uma "multidão inumerável". Apocalipse 7:9,15 diz: "Depois destas coisas olhei, e vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e perante o Cordeiro... estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no Seu templo...". Veja também João 3:15; 5:24; 12:26; Efésios 2:19; Filipenses 3:20; Colossenses 3:1; Hebreus 3:1; 12:22; 2ª Pedro 1:10,11.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A NATUREZA TRIÚNA DE DEUS (A TRINDADE) E ENSINAM QUE SATANÁS INVENTOU A DOUTRINA DA TRINDADE. Rejeitam todos os escritos que identificam Jesus Cristo como Deus, e o Espírito Santo como Deus.

No entanto, a Bíblia ensina claramente que o Filho e o Espírito Santo, assim como o Pai, são Deus (1 João 5:7; João 1:1; 20:28; 1ª João 5:20; Atos 5:3, 4). Mas ela também ensina de maneira clara e firme que há somente um Deus (Isaías 43:10; 44:6,8 etc.). Ensina que os Três são um – uma Trindade.
Não seria perigoso seguir uma organização que nega os ensinamentos centrais da Bíblia?

2. As Testemunhas de Jeová adulteram a Bíblia.

A organização Testemunhas de Jeová tem produzido sua própria versão fraudulenta da Bíblia. Esta versão é chamada de Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras. Ela contém vários versículos deliberadamente modificados, distanciando-se do original bíblico. Estas mudanças foram feitas para tentar esconder o facto de que o ensino das testemunhas de Jeová é antibíblico e falso.

Não seria perigoso seguir uma organização que adultera as Sagradas Escrituras?
3. As Testemunhas de Jeová têm uma história de profecias fracassadas.

Os líderes das testemunhas de Jeová afirmam falar por Deus Jeová com autoridade profética, mas eles têm feito muitas profecias que nunca se cumpriram. Por exemplo, predisseram que o Armagedon e o fim do mundo viriam em 1975. Para esconder mais esse fracasso, a maioria das testemunhas de Jeová de hoje em dia nega ter feito essa predição, ainda que se prove facilmente o contrário com sua própria literatura.3

A organização Testemunhas de Jeová também previu que o fim do mundo viria em 1914, 1915, 1918, 1925 e 1941, errando todas as vezes. Predisseram que Abraão, Isaac e Jacó seriam ressuscitados e voltariam à terra em 1925, o que evidentemente não aconteceu4.4

A Bíblia declara que profecia não cumprida é marca inequívoca dos falsos profetas (Deuteronômio 18:21, 22).

Não seria perigoso seguir uma organização com uma história de falsas profecias?

4. A organização Testemunhas de Jeová utiliza sua autoridade de forma abusiva.

Apesar das suas muitas profecias falsas, a organização Testemunhas de Jeová ensina que é a única religião verdadeira, e que somente os seus membros são cristãos verdadeiros. Afirma que ninguém pode aprender verdades espirituais, senão com ela. Também ensina que só há salvação para quem se junta à sua organização, e que toda a pessoa que não seja testemunha de Jeová será destruída no Armagedon. A organização Testemunhas de Jeová exige que os seus membros obedeçam e aceitem, sem questionar, cada ordem e interpretação bíblica dada por meio dela.

Por exemplo, a organização Testemunhas de Jeová proíbe o uso de transfusões sanguíneas. Espera-se que as testemunhas de Jeová prefiram morrer ou deixar os seus filhos morrer a quebrar essa ordem, ainda que a Bíblia, em parte alguma, proíba as transfusões de sangue ou sequer mencione que sejam erradas. Qualquer testemunha de Jeová que se atreva a desobedecer a esta regra é ameaçada de ser destruída na chegada do Armagedon – o tempo do juízo final.

É assim que os líderes usam o medo e a intimidação para manter os seus membros obedientes à organização. Os líderes das testemunhas de Jeová também têm utilizado as suas predições em relação ao fim do mundo para colocar medo nos corações dos seus seguidores.

Não seria perigoso seguir uma organização que utiliza sua autoridade de maneira abusiva?

Estes quatro pontos ilustram os perigos espirituais associados à organização Testemunhas de Jeová. Talvez o leitor se esteja questionando: "Então, quais são as boas novas da Bíblia?" Os quatro pontos seguintes apresentam-lhe o resumo do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, conforme encontrado na Bíblia.
COMO ENCONTRAR PAZ COM DEUS

A mensagem da Bíblia pode ser resumida em quatro pontos simples:

1. Nossos pecados nos separam do Deus vivo e verdadeiro.
"Porque todos pecaram, e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23).
"Porque o pagamento pelo pecado é a morte, mas a dádiva gratuita de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 6:23).

2. Não nos podemos salvar a nós mesmos, por nossos próprios esforços.
"Por isso ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei; antes, pela lei vem o conhecimento do pecado" (Romanos 3:20).
"Ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas pela Sua misericórdia, mediante a lavagem de regeneração e renovação pelo Espírito Santo" (Tito 3:5).

3. Jesus Cristo é o "remédio" providenciado por Deus para nosso problema: o pecado.
"Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê." (Romanos 10:4).
"Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1ª Coríntios 1:30).

4. Nós precisamos receber pessoalmente Jesus Cristo, por fé, em nossas vidas, para recebermos o perdão pelos nossos pecados e a vida eterna.
"Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu-lhes o poder serem feitos filhos de Deus" (João 1:12).
"E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa." (1 Coríntios 16:31).

Se estas verdades da Palavra de Deus lhe têm tocado o coração, caro leitor, pode responder a elas agora mesmo, pedindo que Ele perdoe os seus pecados e que lhe dê uma nova vida em Cristo. Esta simples oração a seguir poderá servir-lhe de orientação sobre como expressar a sua fé em Jesus Cristo para a salvação:
Oração
   Deus Todo-poderoso e misericordioso,
   reconheço que tenho pecado contra Ti em minhas atitudes, em minhas palavras e em meus pensamentos. Careço da Tua justiça, e não posso salvar-me a mim mesmo. Obrigado por teres enviado o Teu Filho, Jesus Cristo, que derramou o Seu sangue por mim. Peço-Te que me perdoes todos os meus pecados, pois coloco a minha confiança em Jesus Cristo, que morreu em meu lugar, e Se ergueu dentre os mortos. Amém.

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NOTAS
1. Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra, pág. 144; Despertai!, 22 de dezembro de 1984, p. 20.
2. Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra, p. 255 e A Sentinela, de 15 de novembro de 1992, pp. 20, 21.
3. A Sentinela, de 15 de fevereiro de 1969, págs. 110, 115; Despertai!, de 22 de abril de 1969, págs. 13, 14; A Sentinela, de 15 de setembro de 1979, pág. 552; Nosso Ministério do Reino, julho de 1974, pág. 3, 4.
4. The Time Is At Hand (O Tempo Está Próximo), edição de 1906, págs. 99, 101; The Time Is At Hand, edição de 1915, págs. 99, 101; The Finished Mystery (O Mistério Consumado), 1918, págs. 404, 485; The Watchtower (A Sentinela, 1 de setembro de 1922, pág. 262; The Watchtower, 15 de setembro de 1941, pág. 288; Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão, 1923, págs. 111-114; Testemunhas de Jeová – Proclamadores do Reino de Deus, 1993, pág. 78.

06/10/2014

Profecias falham e Marina Silva não vai ao segundo turno

Em 2010, o nome de Marina Silva foi citado em profecias, especialmente da apóstola Valnice Milhomens. No ano seguinte, o pastor Bob Hazlett do Ministério Touch of Fire, pregava na Conferência Dunamis 2011 e trouxe uma revelação. Como não era ano eleitoral, ela foi pouco comentada até ser lembrada nos últimos meses.
O pastor americano contou que teve uma visão sobre a política brasileira, onde via uma mulher sendo controlada por um homem como se fosse marionete. “Ela era sua marionete, e ele falava ‘ela vai fazer o que eu mandar ela fazer’. Mas eu vi então a palavra do Senhor vir como se fosse uma espada que começou a cortar as cordas dessa marionete”, disse Bob.
Anunciou também que Deus mudaria o controle da nação, levantando uma mulher “segundo o coração de Deus” que se ajoelha diante de Deus. Sua eleição iria abalar a nação brasileira e levá-la para uma época de prosperidade.
Com a morte trágica de Eduardo Campos, Marina sai de vice do terceiro lugar nas pesquisas para candidata que, novamente segundo as pesquisas, poderia vencer no segundo turno. Com isso, o Brasil testemunhou uma “onda marineira” que influenciou muitos evangélicos.
Em meio à campanha, o pastor André Salles, que faz parte do ministério Plenitude do Trono de Deus, em uma entrevista à revista Época, declarou que teve uma revelação divina enquanto orava. Afirmou que via Marina Silva andando por uma trilha de luz. “Vejo o próprio Deus preparando o caminho para ela passar”, asseverou. “O Senhor tem esse propósito para a vida dela, de ser presidente do Brasil”.
E foi além. “O Brasil vai melhorar com Marina. A Bíblia diz que quando o justo governa, o povo se alegra. O justo não significa o religioso, mas o honesto. Essas características de humanidade, de temor e amor a Deus ela tem”.
Com a abertura das urnas, ficou claro que não será desta vez que tais profecias se cumprirão. Após ser massacrada na TV tanto pelo PT quanto pelo PSDB, Marina caiu nas pesquisas e na reta final foi ultrapassada por Aécio Neves. Marina Silva (PSB) recebeu 22,16 milhões de votos (21,32%) e ficou em terceiro lugar, mesma colocação da eleição de 2010.
Extraído do site gospelprime em 06/10/2014
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08/08/2014

TJ e uma nova data para o “Fim”: 2034
A Torre de Vigia passou todos os limites de bom senso, senso crítico e discordância da Palavra de Deus. Soube com bastante atraso que os líderes desse grupo resolveram acabar com o mundo no ano de 2034, conforme revista A Sentinela, de 15.12.2003, página 15, parágrafos 6 e 7.
Como todos já sabem, a Torre marcou o fim de todos os sistemas mundiais, notadamente do Cristianismo e de todos os cristãos para os seguintes anos: 1914, 1918, 1920, 1925, 1975 e, agora, 2034. A cada profecia não cumprida, esses líderes assinam o próprio atestado de inidoneidade teológica. Isto é, estão despreparados para entender as Escrituras e para ensino.
O novo cálculo para chegar ao ano 2034 é dos mais prosaicos e até hilariantes. Vejam: 1914, somado a 120 de pregação antes do dilúvio (?) resulta no ano de 2034. A liderança do grupo continua com a obsessão por 1914, ano em que Jesus teria vindo de forma invisível. Onde foram buscar essa data? Chegaram a um ponto em que não podem voltar. O único remédio é continuar sustentando o insustentável.
Considero uma falta de respeito com os fiéis seguidores da Torre, já tão massacrados com previsões que nunca se cumprem e com proibições as mais estapafúrdias e antibíblicas.
Já sabemos o que dirão em 2035, quando a profecia não se cumprir. Dirão que seus seguidores compreenderam mal a cronologia bíblica; que não era uma realidade, mas uma possibilidade; que uma nova luz raiou no canal de Jeová; que as testemunhas não precisam ficar desiludidas; que continuem na Torre, a única detentora da verdade. Passados alguns anos, um novo cálculo, uma nova luz, uma nova mentira.
Cito apenas um versículo para desmascarar tais falsos mestres:
“Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai” (Mt 24.36 – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas).
Os falsos profetas não respeitam nem a versão bíblica por eles adotada. Não respeitam nada. Não aceitam de seus vassalos qualquer questionamento. Pairam acima de qualquer suspeita. Ameaçam com exclusão os que duvidarem, e continuam dando sustentação a mentira de que são o canal entre Jeová e os homens.
Jesus tem uma palavra para eles:
“Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque ele é mentiroso e pai da mentira” (Mt 8.44).

Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa, Ministério Palavra da Verdade

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08/08/2014


Divulgando a Bíblia ou a Sociedade Torre de Vigia?


A Torre de Vigia sabe que a Bíblia é respeitada pelas pessoas, que não é um livro qualquer, mas é uma escritura produzida sobrenaturalmente pela vontade e pelo poder de Deus. Eles sabem que se a mensagem transmitida tiver atribuição bíblica, ela terá maior peso e credibilidade.
No artigo de estudo de A Sentinela intitulado “Use a palavra de Deus, ela é viva” de Agosto de 2014, a Torre de Vigia mostra claramente porque tem usado a Bíblia ao pregar às pessoas a sua mensagem.
Destacando o exemplo de Moisés, escolhido por Deus para comparecer diante de Faraó, o artigo fala sobre o que indicava que o líder hebreu era de fato um representante divino. Quando Moisés visitou o rei do Egito pela primeira vez, seguindo uma orientação de Jeová, atirou seu cajado ao chão que imediatamente transformou-se em uma enorme serpente. Isso mostrava que sua comissão era de origem sobrenatural ou divina. Referindo-se ao cajado de Moisés, A Sentinela diz:
“Com essa prova de autoridade de Deus em mãos, Moisés podia seguir em frente e representar com confiança o Deus verdadeiro diante de seu próprio povo e de Faraó… em muitos casos, a Bíblia estará em nossa mão, pronta para ser usada…
De fato, Jeová colocou em nossas mãos sua palavra viva, a Bíblia, com a qual podemos provar que nossa mensagem é confiável e de origem divina.” – Pág. 12
O parágrafo 7 cita 2 Tim. 2:15 onde Paulo aconselha o jovem discípulo a “manejar corretamente a palavra da verdade. Até aí tudo bem, no entanto, em seguida eles mostram o que encaram como “manejar corretamente” as escrituras. O artigo visivelmente procura inculcar nos fiéis a instrução de distribuir os novos folhetos de divulgação do site oficial da organização Torre de Vigia. O mais censurável, é quando ensinam a usar a Bíblia como chamariz ou isca para atingir o objetivo de direcionar a atenção das pessoas à sua organização religiosa. No quadro na página 13, onde se exibem publicadores dando testemunho, dá-se ênfase aos tratados recém-lançados, às brochuras e revistas. Novamente, como já é de praxe em diversas ilustrações de TJs pregando, a Bíblia Sagrada perde o foco e fica sempre em segundo plano.
Será mesmo que a sociedade está incentivando seus servos a usarem o “cajado” fornecido por Jeová? Ou estaria a Torre de Vigia ao invés disso fornecendo o apoio de uma “cana esmagada”? (Isaías 36:6) A partir do oitavo parágrafo há várias “dicas” de como colocar os folhetos e dirigir as atenções para o site TJ. Além disso, caso sigam as orientações, os publicadores podem ter a seguinte certeza:
“Além de deixar o folheto nas mãos das pessoas, você tem a satisfação de ler a palavra de Deus para elas…” – Pag. 13
O verdadeiro objetivo do folheto não é ler a Bíblia para alguém, é claro. Diferente dos antigos tratados que apresentavam um tema completo com várias referências bíblicas, os novos tratados destacam principalmente como chegar ao site oficial das Testemunhas de Jeová.
“Quando uma pessoa captura o código QR na última página do folheto, ela é direcionada para o nosso site, onde será convidada a estudar a Bíblia.
Por usar os folhetos da maneira sugerida, você estará seguindo o bom hábito de usar a Bíblia nas primeiras visitas e nas revisitas.”
Novamente enfatizam esta afirmação ridícula. Francamente! Você acha que é mesmo preciso usar um folheto de propaganda para ser capaz de criar o hábito de ler ou usar a Bíblia? Quando eu era um publicador TJ, usavam-se os tratados basicamente quando o tempo do morador era demasiado curto, ou quando ao encontrar-se com uma pessoa na rua, era praticamente impossível fazer o transeunte esperar para acompanhar um texto da Bíblia. Muitos publicadores dificilmente usam a Bíblia quando colocam um folheto, e é claro, a Torre de Vigia sabe muito bem disso. A intenção como já dita é muito bem clara, trata-se apenas de fazer propaganda de um site repleto de literatura digital produzida pelo falso profeta de Brooklin, que como nós sabemos, usam as escrituras apenas para validar a sua mensagem.
Os novos tratados, segundo o artigo, são “simples” e diretos. Nada de doutrinas e ensinos básicos da seita ou dezenas de textos selecionados. Se analisar cada um destes folhetos, verá que todo o conteúdo é preparado para direcionar o leitor para a o site na internet e sua ampla coleção de literaturas digitais, além de outras mídias. Algumas perguntas exigem buscar a resposta no JW.ORG e um código de barras no pé da página pode ser capturado por um tablet ou smartphone levando o leitor diretamente para lá.
É digno de nota que a poucos anos atrás, a Torre de Vigia através de suas publicações tenha lançado tantas dúvidas sobre a internet e a tecnologia, publicando artigos que incentivavam cuidado e cautela quanto ao seu uso. Hoje em dia, a liderança das Testemunhas de Jeová tem investido milhões de dólares virtualizando sua obra. Além disso, muitas figuras de suas literaturas subliminarmente tem implantado na mente dos fiéis a importância de fazer uso do site e adquirir dispositivos capazes de ler arquivos digitais. A organização TJ está correndo atrás do tempo perdido e modificando substancialmente a sua maneira de trabalhar, assim como muitos jornais e revistas famosas de todo o mundo já fizeram. Só resta sabe se o serviço de colportagem, disfarçadamente chamado de “pregação de casa em casa” irá chegar finalmente ao seu fim.
Concluindo, que a Torre de Vigia procura se apoiar na Bíblia, o “cajado de Deus”, buscando autoridade para sua pregação, isso é claro; mas, que estão verdadeiramente baseando sua mensagem nela, essa é uma outra história. Se o site oficial da Torre de Vigia irá amenizar as perdas de donativos com o declínio de colocações de literatura impressa e se tornar um suporte ao publicadores, resta esperar para ver; no entanto, é claro o interesse infame da organização TJ em usar os quase oito milhões de publicadores para fazer propaganda, não das Escrituras Sagradas é evidente, mas sim de uma empresa americana, rica e bilionária, enriquecida às custas de venda delivros, revistas e de donativos voluntários que solicitam das mesmas pessoas de quem vituperam e acusam em muitos de seus artigos.
E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne. – Eclesiastes 12:12
Extraído do site www.extj.com.br/ em 05/07/2014

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João 6.44, Norman Geisler comenta

João 6.44: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair, e eu o ressuscitarei no ultimo dia.”
Segundo os calvinistas extremados, esse texto fala de uma atração irresistível da parte de Deus. Eles observam que a palavra “atrair” (gr.: elkuo) significa “arrastar” (At 16.19; Tg 2.6).
 Resposta
Para entender devidamente o caso, varias coisas precisam ser levadas em consideração. Em primeiro lugar, como qualquer palavra com variação de significados, o sentido especifico dessa palavra grega deve ser decidido pelo contexto. As vezes no Novo Testamento significa arrastar uma pessoa ou objeto (v. Jo 18.10; 21.6,11; At 16.19). Outras vezes, não (v. Jo 12.32; v. tb. a seguir). Os léxicos gregos permitem o significado de “atrair” tanto quanto o de “arrastar”.
Da mesma forma, a versão grega do Novo Testamento (a Septuaginta) a usa nos dois sentidos. Deuteronômio 21.3,4 emprega- a no sentido de “arrastar” e Jeremias 38.3 no sentido de “atrair” pelo amor.
Em segundo lugar, Joao 12.32 deixa claro que a palavra “atrair” não pode significar “graça irresistível” sobre o eleito por uma simples razão: Jesus disse: “Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”. Nenhum calvinista autentico crê que todos os homens serão salvos.
Em terceiro lugar, a palavra “todos” não pode significar somente “alguns” em Joao 12.32. Pouco antes (Jo 2.24,25), quando Jesus afirmou conhecer a “todos”, estava claro que não se referia apenas aos eleitos. Por que, então, deveria “todos” significar “alguns” em João 12.32? Se quisesse dizer “alguns”, facilmente teria feito assim.
Finalmente, o fato de ser atraídos por Deus estava condicionado a fé. O contexto dessa atração (6.37) e “aquele que crê” (v. 35) ou “todo aquele que [...] nele crer” (v. 40). Os que creem são capacitados por Deus para ser atraídos a Jesus. Jesus acrescenta: “E por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai” (v. 65). Um pouco depois, ele diz: “Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, descobrira se o meu ensino vem de Deus ou se falo por mim mesmo” (Jo 7.17). Disso fica evidente que o entendimento que possuíam do ensino de Jesus e de serem atraídos ao Pai resultava da livre-escolha deles.
Extraído do livro Eleitos, mas livres, Ed. Vida


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Existe predestinação quanto à salvação?

                                                   
A Bíblia fala de eleição (1 Crônicas 16.13; Isaías 65; Romanos 11; Colossenses 3.12; Tito 1.1; 1 Pedro 1.2; Apocalipse 17.14) e de predestinação (Romanos 8.29,30; Efésios 1.5,11), mas não num sentido individual. Tais textos se referem ao destino coletivo dos santos do Antigo e do Novo Testamento, aqueles que deliberadamente escolherem obedecer a Deus e à Sua Palavra.
No Novo Testamento, os eleitos de Deus são todos aqueles que creram em Jesus e aceitaram o senhorio dele, tornando-se Seus imitadores e filhos do Pai celestial. A partir dessa experiência pessoal, chamada de salvação, tais indivíduos passaram a desfrutar da comunhão com Deus pelo Espírito Santo, que veio habitar nos cristãos para moldá-los à imagem divina de Jesus, de quem se tornaram irmãos e coerdeiros, tendo direito ao céu e à vida eterna.
É claro que Deus, sendo onisciente, sabe de todas as coisas, inclusive quem será salvo e quem não será. Mas isso não significa que Ele tenha predestinado uns para o céu e outros para o inferno. Afinal, Deus criou o ser humano e concedeu-lhe livre-arbítrio, responsabilizando-o por seus atos e suas escolhas.
Se não fosse assim, a promessa de salvação não seria condicional: aquele que perseverar até ao fim será salvo (Mateus 10.22; 24.13). Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Apocalipse 2.10).
Deus deseja que todos se salvem, mas muitos não atendem ao Seu chamado. Se não existisse livre-arbítrio, o pecado da humanidade teria sido um plano do próprio Deus, como se Ele tivesse traçado esse destino de pecado e morte para o homem. Isso é um absurdo teológico!
Logo, a incompreensão dos conceitos de eleição e de predestinação tem servido de base para a defesa de uma “predestinação fatalista”, que não tem base bíblica, a qual se vale de um texto sem o contexto. Isso infringe a hermenêutica bíblica e compromete a sã doutrina cristã.
É impossível para mim conceber a ideia de que todos têm um destino predefinido antes mesmo de nascer e que o Senhor ame mais uns do que outros; e, por isso, tenha previamente determinado a salvação de uns e a condenação de outros.
Se o homem não tivesse autoconsciência e livre-arbítrio, não teria culpa de absolutamente nada. Assim, um estuprador ou qualquer outro malfeitor não poderiam ser acusados nem condenados, pois o crime seria sua única opção. Então, Deus, que os teria criado assim, não poderia puni-los; afinal, sem livre-arbítrio, sem poder mudar a sua sina, ninguém poderia agir de outro modo.
SUGESTÕES DE LEITURA:
Josué 24.15; Marcos 13.13; Romanos 8.17; 2 Coríntios 3.18; Efésios 3.6; 4.12,13,30; 5.1
Extraído do site verdadegospel.com em 03/02/2014
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GÊNESIS 4:12-13 – Por que Caim não sofreu a pena capital (de morte) pelo assassinato que cometeu?

PROBLEMA: No AT, os assassinos recebiam a pena capital pelo seu crime (Gn 9:6; Êx 21:12). Contudo, Caim não somente saiu livre, depois de matar seu irmão, como também foi protegido de qualquer vingança (Gn4:15).
SOLUÇÃO:
Há várias razões pelas quais Caim não foi executado pelo seu crime capital. Primeiro, Deus não havia ainda estabelecido a pena de morte como instrumento do governo humano (cf. Rm 13:1-4). Somente depois de a violência ter enchido toda a terra, nos dias anteriores ao dilúvio, foi que Deus determinou: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem” (Gn 9:6).
Segundo, quem seria o executor de Caim? Ele acabara de matar Abel. A essa altura, apenas Adão e Eva tinham restado. Certamente Deus não iria apelar aos pais para que matassem o filho remanescente. Em face disso, Deus, que é soberano sobre a vida e a morte, como somente ele é (Dt 32:39), pessoalmente comutou a pena de morte de Caim. Entretanto, ao agir assim, Deus demonstrou a gravidade do pecado de Caim e deu-nos a entender que ele era digno de morte, ao declarar: “A voz do sangue de teu irmão clama [por vingança] da terra a mim” (v. 10). Não obstante, até mesmo Caim parece ter reconhecido que ele era merecedor da morte, e pediu proteção a Deus (v. 14).
Finalmente, a promessa de Deus para proteger Caim da vingança incluía a pena capital para quem quer que tomasse a vida dele (cf. v. 15). Dessa forma, o caso de Caim é uma exceção que prova a regra, e que de forma alguma vai de encontro à pena de morte, tal como estabelecida por Deus (veja os comentários de João 8:3-11).
Fonte: Manual Popular de Enigmas e “Contradições” da Bíblia – Norman Geisler e Thomas Howe. Editora Mundo Cristão
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Davi matou ou não matou Golias?



 1 SAMUEL 17.50 – Por que este versículo diz que Davi matou Golias, e 2 Samuel 21:19 diz que foi Elanã que o matou?
PROBLEMA: Em 1 Samuel 17.50-51, Davi é descrito como aquele que cortou a cabeça de Golias, depois de tê-lo atingido com uma pedra de sua funda. Entretanto, de acordo com 2 Samuel 21:19, foi Elanã, filho de Jaaré-Oregim, quem matou Golias. Por que uma passagem credita a Davi a morte de Golias e a outra, a Elanã?
SOLUÇÃO: A passagem de 2 Samuel 21:19, que diz: “Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo do tecelão”, apresenta obviamente um erro de copista. Isso é reforçado pelo fato de que  uma passagem paralela em 1 Crônicas 20:5, que diz: “Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo de tecelão”. A falha ocorrida na passagem de 2 Samuel 21:19 pode ser delineada admitindo-se a confusão feita por um copista com as palavras e letras hebraicas que, quando combinadas de certa maneira, deram a redação encontrada em 2 Samuel.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe.

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30/12/11
A Teologia da Prosperidade
Mauricio Mendonça

Um fenômeno social que tem despertado a atenção de estudiosos na atualidade é o crescimento acentuado das igrejas neopentecostais que estão inseridas no grupo das religiões “evangélicas” (1). De acordo com a recente publicação do Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais do Brasil (CNBB) os pentecostais cresceram de 6% para 10,6% da população brasileira nos últimos nove anos. O maior crescimento se dá nas camadas de menor renda das regiões metropolitanas onde os indicadores sociais são mais baixos; e também nas regiões norte e centro-oeste.

As causas desse fenômeno, a meu ver, são variadas. Uma delas como mostra o estudo são as condições sócio-econômicas; a maciça utilização da mídia também tem seu peso de influência e a competente administração empresarial dessas igrejas é algo relevante. Mas creio que a utilização da “teologia da prosperidade” seja a causa primordial desse sucesso, as outras dependem fundamentalmente dela.

O que é a Teologia da Prosperidade?
A teologia da prosperidade pode ser entendida como um conjunto de princípios que afirmam que o cristão verdadeiro tem o direito de obter a felicidade integral, e de exigi-la, ainda durante a vida presente sobre a terra. Bastando para isso que tenha confiança incondicional em Jesus. Seu desenvolvimento foi gradual desde a década de 1940. Vejamos:

Essek William Kenyon (Nova York, EUA, 1867)

Ex-pastor das igrejas batista, metodista e pentecostal, influenciado por idéias de seitas cristãs/metafísicas, desenvolveu estudos que entre outras coisas tratava de: poder da mente, a inexistência das doenças e o poder do pensamento positivo.

Kenneth Hagin (Texas, EUA, 1918)

Discípulo de Kenyon. sofreu várias enfermidades e pobreza na juventude; Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação quando lia Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da "Confissão Positiva". Foi pastor da igreja batista; da Assembléia de Deus, em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou sua própria igreja, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. As idéias de Hagin que levaram ao estabelecimento da teologia da prosperidade pode ser dividida em três pontos principais:

1) Autoridade Espiritual

Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que "recebe revelações diretamente do Senhor"; "...Dou graças a Deus pela unção de profeta...Reconheço que se trata de uma unção diferente...é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes" (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7).

2) Bênçãos e Maldições da lei

K.Hagin diz, com base em Gl 3.13,14, que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei. Eles ensinam que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções. Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova própria, as melhores roupas, uma vida de luxo.

3. Confissão Positiva

É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na "fórmula da fé", que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a "fórmula".
Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la:

1) "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva.

2) "Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá".

3) "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo.

4) "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", pois isto destrói a fé.

Introdução no Brasil
Como vimos a Teologia da Prosperidade teve sua origem na década de 40 nos Estados Unidos, mas a efetiva introdução no meio evangélico se deu na década de 70. Adicionou um forte cunho de auto-ajuda e valorização do indivíduo, agregando crenças sobre cura, prosperidade e poder da fé através da confissão da "Palavra" em voz alta e "No Nome de Jesus" para recebimento das bênçãos almejadas; por meio da Confissão Positiva, o cristão compreende que tem direito a tudo de bom e de melhor que a vida pode oferecer: saúde perfeita, riqueza material, poder para subjugar Satanás, uma vida plena de felicidade e sem problemas. Em contrapartida, dele é esperado que não duvide minimamente do recebimento da bênção, pois isto acarretaria em sua perda, bem como o triunfo do Diabo. A relação entre o fiel e Deus ocorre pela reciprocidade, o cristão semeando através de dízimos e ofertas e Deus cumprindo suas promessas.

No Brasil a primeira e principal igreja seguidora dessa doutrina é a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), fundada em 1977 por Edir Macedo que adaptou as suas práticas para as características brasileiras, além de possuir metodologias e princípios próprios. Em vez de ouvir num sermão que "é mais fácil um camelo atravessar um buraco de agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus" (Mateus 19,24 e Marcos 10,25), agora a novidade reside na possibilidade de desfrutar de bens e riquezas, sem constrangimento e com a aquiescência de Deus.

Para os pobres e desafortunados de uma em maneira geral, o direito de possuir as bênçãos como filho de Deus traz alívio e esperança na solução de todos os seus problemas. Segundo Edir Macedo, Jesus veio pregar aos pobres para que estes se tornassem ricos. Arrependimento e redenção, tema central no Cristianismo, e as dificuldades nesta vida para o justo de Deus são temas raramente tratados. Além da IURD temos as Igrejas Renascer em Cristo, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Nova Vida, Bíblica da Paz, Cristo Salva, Cristo Vive, Verbo da Vida, Nacional do Senhor Jesus Cristo e pelas organizações Adhonep, Missão Shekinah e Internacional da Graça de Deus.

O Papel do “Diabo”
Um importante ponto dentro da doutrina da IURD, assim como na maioria das outras igrejas neopentecostais brasileiras é a intervenção do Diabo na vida do homem. Ele, o Diabo, é o elemento perturbador que está entre a graça de Deus e os pedidos do crente. As bênçãos estão ao alcance de todos mediante a fé, inclusive com a alteração radical de realidades miseráveis em vidas prósperas; porém, se alguém tiver qualquer envolvimento direto ou indireto com o Diabo ou não estiver disposto a "sacrificar" para a obra de Deus, não será agraciado. Não é primordialmente o pecado (individual ou social) que impede a posse dos bens, mas o Diabo, que age segundo seu próprio arbítrio, contra quem o crente deve lutar. Uma vez que a responsabilidade fica por conta do fiel e do Diabo, cria-se uma linha de tensão entre a posse da bênção e a atuação diabólica. Este mecanismo permite explicar porque muitos fiéis não alcançam a graça.

Ao longo do ano de 2001, a IURD passou a utilizar o vocábulo ”encosto” que na linguagem popular corresponde aproximadamente à “obsessor” na nomenclatura espírita. O encosto passou a ser a entidade que “pessoalmente” provoca todo e qualquer tipo de mal ao homem, aparentemente a serviço do Diabo. Creio que essa mudança estratégica se deva a dois fatores: Primeiro o de sugerir ao crente que ele pode vencer mais facilmente o inimigo, já que não se trata do próprio Diabo em pessoa; e segundo pelo aprendizado prático dos pastores que perceberam que não estão tratando sempre com a mesma entidade durante as seções onde supostamente o Diabo se manifestava através de alguns fiéis.

A este propósito devemos lembrar, mais uma vez, que segundo a doutrina da IURD, o indivíduo não é exatamente a sede do pecado, o que exigiria dele o arrependimento, mas uma vítima da ação maligna: o ato de pecar não deriva de sua escolha, mas o Mal é fruto do encosto que atrapalha a sua vida, em especial a financeira, que consideram um sinal de bênção.

Doutrina da Reciprocidade
Na busca da bênção, o fiel deve determinar, decretar, reivindicar e exigir de Deus que Ele cumpra sua parte no acordo; ao fiel compete dar dízimos e ofertas. A Deus cabe abençoar. Ao estabelecer esta relação de reciprocidade com Deus, o que ocorre é que Ele, Deus, fica na obrigação de cumprir todas as promessas contidas na Bíblia na vida do fiel. Torna-se cativo de sua própria Palavra.

Macedo ensina como proceder:

Comece hoje, agora mesmo, a cobrar d'Ele tudo aquilo que Ele tem prometido (...) O ditado popular de que 'promessa é divida' se aplica também para Deus. Tudo aquilo que Ele promete na sua palavra é uma dívida que tem para com você (...) Dar dízimos é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia (...) Quando pagamos o dízimo a Deus, Ele fica na obrigação (porque prometeu) de cumprir a Sua Palavra, repreendendo os espíritos devoradores (...) Quem é que tem o direito de provar a Deus, de cobrar d'Ele aquilo que prometeu? O dizimista! (...) Conhecemos muitos homens famosos que provaram a Deus no respeito ao dízimo e se transformaram em grandes milionários, como o sr. Colgate, o sr. Ford e o sr. Caterpilar. (MACEDO, Vida com Abundância, p. 36)

E prossegue:

Ele (Jesus) desfez as barreiras que havia entre você e Deus e agora diz ¾ volte para casa, para o jardim da Abundância para o qual você foi criado e viva a Vida Abundante que Deus amorosamente deseja para você (...). Deus deseja ser nosso sócio (...). As bases da nossa sociedade com Deus são as seguintes: o que nos pertence (nossa vida, nossa força, nosso dinheiro) passa a pertencer a Deus; e o que é d'Ele (as bênçãos, a paz, a felicidade, a alegria, e tudo de bom) passa a nos pertencer. (MACEDO, Vida com Abundância, pp. 25,85-86)

O Neopentecostalismo se caracteriza exatamente por este tipo de relacionamento do fiel com Deus, inspirada na Teologia da Prosperidade: o cristão tem direito a tudo de bom e de melhor neste mundo. Nas palavras de Macedo: A Bíblia tem mais de 640 vezes escrita a palavra oferta. Oferta é uma expressão de fé. Se Deus não honrar o que falou há três ou quatro mil anos, eu é que vou ficar mal. (MACEDO, O Globo, 29/4/1990). Cabe ao fiel demonstrar revolta diante de Deus e "de dedo em riste" exigir que as promessas bíblicas se cumpram.

Sacrifícios
Torna-se impossível não evidenciar que essa relação agrega um forte simbolismo ao dinheiro: o fiel propõe trocas com Deus para conseguir a bênção desejada. Neste discurso, a soberania de Deus é compartilhada pelo fiel na relação de troca. É incentivado que o fiel se acomode ao mundo das novas tecnologias, acumule riquezas, more melhor, possua carro e não tenha sentimento de culpa por não negar o mundo; pelo contrário, a conduta ascética tem diminuído entre os pentecostais desde a década de 70.

Na relação de troca o fiel dá o dízimo, ofertas, participa das campanhas:

É necessário dar o que não se pode dar. O dinheiro que se guarda na poupança para um sonho futuro, esse dinheiro é que tem importância, porque o que é dado por não fazer falta não tem valor para o fiel e muito menos para Deus. (MACEDO, Isto É Senhor, 22/11/1989).

E tem a garantia dos pastores de que Deus cumprirá sua parte: Ele ficará na obrigação de cumprir Sua Palavra. (MACEDO, Mensagens, p. 23). E ainda, O ditado popular de que 'promessa é dívida' se aplica também a Deus. (CRIVELLA, 501 Pensamentos do Bispo Macedo, p. 103). A ênfase na necessidade de dízimos e ofertas é explicada pelos líderes da IURD: caso o fiel não alcance o sucesso almejado, a responsabilidade e a falha são suas.

As doações em dinheiro ou bens são presentes colocados no altar de Deus, logo, para uma grande bênção, um valioso presente! A fé é um instrumento de troca; uma mercadoria, e nesta relação "toma lá, dá cá", a imagem de Deus torna-se mais próxima e trivializada, em oposição à doutrina difundida pelo protestantismo histórico e pelo catolicismo tradicional, a partir da qual reverência e submissão são enfatizadas.

Dependendo do grau de interesse do ofertante, o presente, por mais caro que seja, ainda assim se torna barato diante daquilo que está proporcionando ao presenteado. Quando há um profundo laço de afeto, ternura e amor entre o que presenteia e o que recebe, o presente nunca deve ser inferior ao melhor que a pessoa tem condições de dar. (MACEDO, O Perfeito Sacrifício: o significado espiritual do dízimo e ofertas, p. 12)

O fiel deve sacrificar o "seu tudo". A IURD tem uma campanha em que estimula o fiel a doar o máximo que puder na espera da bênção. Muitas pessoas dão tudo o que têm naquele momento de sua vida: uma caderneta de poupança, o dinheiro para comprar comida, o dinheiro para o ônibus, e assim por diante.

Aqueles que vêem as doações das ofertas com maus olhos, ou seja, do ponto de vista meramente mercadológico, principalmente do lado da Igreja, também têm dificuldades para compreender a razão da vinda do Filho de Deus ao mundo. (...) haja vista que a oferta está intimamente relacionada com a salvação eterna em Cristo Jesus. (MACEDO, O Perfeito Sacrifício: o significado espiritual do dízimo e ofertas, p. 14)

O adepto é conclamado a concorrer por melhores condições num mundo de extrema desigualdade social. E ainda tem de assumir uma responsabilidade a mais: a de ter sucesso, senão sua vida pode estar comprometida com as forças malignas ou com sua própria incapacidade de gerenciar suas possibilidades. Há muitas oportunidades para aqueles que vivem nos bolsões de pobreza? É onde se encontram muitas igrejas da Universal. Mas, mesmo assim, é preciso "sacrificar" diante de Deus e, de preferência, em dinheiro: Aqueles que examinam o custo do sacrifício jamais sacrificarão uma grande oferta, e aqueles que não sacrificam para a obra de Deus jamais conquistarão qualquer vitória. (CRIVELLA, 501 Pensamentos do Bispo Macedo, p. 21).

Colocado nestes termos, é o fiel quem decide: Tudo depende de você. Se perseverar, automaticamente conquistará as bênçãos de Deus. E assim, entrará na terra prometida. (MACEDO, Mensagens, p. 21).

E a igreja administra a sua doação: A árvore proibida, no paraíso, representava o dízimo, isto é, a parte de Deus na qual o homem não podia sequer tocar, embora pudesse regá-la e fazê-la crescer. (CRIVELLA, 501 Pensamentos do Bispo Macedo, pp. 99-100). Já ao fiel cabe expulsar Satanás, participar das correntes de prosperidade, ler sobre como muitos irmãos conseguiram resultados exigindo de Deus o que têm direito. De resto, aquele que não alcançar uma bênção, não dará testemunho nem será citado nos livros.

Auto-ajuda
É certo que muitas pessoas neste mundo são ricas, mesmo sem possuírem Deus no coração. Vencem, entretanto, porque confiam na força do seu trabalho, e por isso, são possuidoras de uma riqueza honesta e digna. (...) Reafirmo que nossa vida depende de nós mesmos. (MACEDO, Mensagens, pp. 27, 22).

Algumas das características do discurso iurdiano denotam a recomendação de autoconfiança; o fiel deve crer nele mesmo, em sua capacidade individual. A estratégia oferecida pela IURD, baseada na Teologia da Prosperidade, estimula o membro da igreja a ser participativo nos cultos em relação a ofertas e dízimos e reivindicar perante Deus aquilo que lhe pertence por direito. Se todo o discurso sobre espiritualidade vem atrelado à intervenção do Diabo, quando se trata de dinheiro, o fiel tem de ir à luta e buscar a Deus com revolta, que neste caso, assume um sentido de inconformidade com a própria situação: doença, pouco dinheiro, ser empregado assalariado, etc., e é Deus quem tem que assumir Sua posição diante do fiel: a IURD assim o exige. Porque Deus é obrigado, como em um contrato, a fazer sua parte!

Depende apenas de você o que será feito de sua vida, pois quem decide nosso destino somos nós mesmos. Não são as outras pessoas; não é Deus, nem o Diabo. (...) Não adianta ficar só jejuando ou orando. É preciso buscar o que você quer; fazer a sua parte, e então falar ousadamente com Deus, revoltado com a situação. Você deve dar o primeiro passo, pois Deus não o fará por você. (MACEDO, Mensagens, p. 28)

Conclusão
É evidente que esta teologia tem conseguido, até o momento, um grande sucesso tendo em vista o objetivo da expansão do número de fiéis e da área de abrangência das igrejas, inclusive a nível internacional. Não é objetivo desse artigo julgar se esse fenômeno (o crescimento dessas igrejas) é um fato positivo ou negativo. Entretanto não posso deixar de mostrar um confronto com os postulados da Doutrina Espírita e até mesmo com os ensinamentos de Jesus nos evangelhos.

O poder da fé é um dos mais contundentes ensinamentos de Jesus, basta lembrar que segundo ele, se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda poderemos ordenar e a montanha se moverá. É evidente que se trata de uma figura de linguagem, e é claro que devemos condicionar a realização dos nossos desejos às leis e a “vontade” de Deus. Pai, seja feita a tua vontade __ Disse Jesus. Este argumento refuta a idéia da confissão positiva, se tomada como algo absoluto.

Sabemos da existência de falanges de espíritos malévolos e da sua efetiva ação junto a humanidade encarnada, porém não podemos atribuir a eles a causa de todo e qualquer mal que ocorra ao homem (alguns espíritas “fanáticos” também pensam assim); e nem eles estão fora do controle da lei divina, eles são somente instrumentos da lei que permite as suas ações com um determinado fim.

Os sacrifícios se apóiam principalmente nos textos do antigo testamento. A prática de sacrifícios remonta o tempo das sociedades agrárias, onde eram realizados com o objetivo de pacificar os deuses e solicitar boas colheitas. Apoiada nessa idéia, a “reciprocidade” de Deus não dá para ser levada a sério.

Uma leitura mesmo superficial dos evangelhos, mostra a total despreocupação de Jesus pelos bens materiais. Mesmo o seu reino, não era desse mundo. A Quem quisesse segui-lo aconselhava a vender seus bens e dá-los aos pobres. Disse que a riqueza dificultava a entrada no reino de Deus. Aos pobres, famintos e sofredores recomendou paciência. É evidente que essa doutrina é diametralmente oposta à teologia da prosperidade. Isso não significa que a riqueza, a saúde e o bem estar devam ser repudiados pelo cristão pois que são necessárias, mas não pode fazer disso a razão principal da sua vida. Buscai, em primeiro lugar, construir o reino de Deus dentro de vós!

Bibliografia
Revista Brasileira de História - vol.22 no.43 SP - Os pentecostais: entre a fé e a política

MARIANO, Ricardo. "Os pentecostais e a teologia da prosperidade". In Novos Estudos. SP CEBRAP

GOMES, Wilson. "Nem anjos nem demônios". interpretações do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes.

HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996.

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