quarta-feira, 25 de junho de 2014

Deus foi justo ao punir a família de Acã junto com ele?

JOSUÉ 7.15, 24 – Deus foi justo ao punir a família de Acã junto com ele?


PROBLEMA: Quando Acã cometeu um crime passível da pena de morte perante Deus, a Bíblia diz que seus filhos foram apedrejados junto com os pais “por todo o Israel”, que, “depois de apedrejá-los, queimou-os” (v. 25). Contudo, as Escrituras declaram que Deus não pune os filhos pelos pecados de seus pais (Ez 18:20), nem destrói o justo com o ímpio (Gn 18:23).
SOLUÇÃO: Há duas respostas para este problema.
Alguns argumentaram que os filhos de Acã não sofreram a pena de morte junto com ele, mas simplesmente foram trazidos até o local da punição, para que o evento lhes servisse de advertência. Em favor disso, várias observações são feitas A primeira é que em parte alguma do texto é dito que alguém mais, além de Acã, tenha também cometido o crime. Deus declara que será tido como culpado “aquele que for achado com a cousa condenada” (v. 15). Também, somente Acã confessou: “Verdadeiramente pequei contra o Senhor” (v. 20) e “cobicei os” (v. 21).
A segunda é que o texto declara que “Israel o apedrejou” (v. 25). A referência a “queimou-os” (v. 25) refere-se à prata, ao ouro e à capa que ele tinha tomado (veja vv. 21 e 24).
A terceira observação feita é que apedrejar toda a família de Acã por esse crime seria uma clara violação da lei do AT, que diz enfaticamente que “o filho não levará a iniqüidade do pai” (Ez 18:20).
O problema mais sério com esta posição é que o versículo 25 diz “e, depois de apedrejá-los, queimou-os”. Apedrejar objetos sem vida é algo que não faz muito sentido. Pelo contrário, isso parece ser uma referência a Acã e à sua família.
Outra posição reconhece que a família de Acã foi apedrejada com ele, mas argumenta que eles eram cúmplices no crime, e assim foram punidos por seus próprios pecados, não pelo de Acã. Esta posição observa o seguinte:
Primeiro, argumenta-se que seria altamente improvável Acã ter feito o que fez e escondido material roubado na tenda da família sem que os familiares ficassem sabendo.
Segundo, a culpa da família fica precisamente explícita porque ela toda foi punida. Como era proibido punir alguém pelos pecados de outrem, a família deve ter pecado junto com ele, pois em caso contrário os familiares não teriam sido punidos também.
Terceiro, Deus tem o direito de tomar a vida, já que foi ele quem a deu (Dt 32:39). Jó corretamente declarou: “o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1:21).
Quarto, não é feita referência alguma a crianças pequenas na família de Acã; porém, mesmo que houvesse, Deus tem a soberania e o direito de tomá-las, e às vezes o faz por meio de enfermidades, sem que haja qualquer implicação de que elas sejam culpadas. Além disso, os pais sendo mortos, as crianças ficariam sem estes para as cuidarem. Seria um ato de maior misericórdia, por parte de Deus, levá-las para junto de si. Isso porque as crianças que morrem antes da idade em que são responsáveis são salvas (veja os comentários de 2 Samuel 12:23); não há problema quanto ao seu destino eterno.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – ThomasHowe

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Jesus foi aperfeiçoado por meio do sofrimento?

HEBREUS 2.10 Se Jesus já era perfeito, como pôde Ele ter sido aperfeiçoado por meio do sofrimento?


PROBLEMA: A Bíblia declara que Jesus era absolutamente perfeito e sem pecado, mesmo em sua natureza humana (2 Co 5:21; Hb 4:15; 1 Fe 2:22; 3:18; 1 Jo 3:3). Mas, de acordo com Hebreus 2:10, Jesus foi aperfeiçoado “por meio de sofrimentos”. Ser aperfeiçoado, porém, implica que ele não era perfeito antes de ser aperfeiçoado, havendo assim uma contradição.
SOLUÇÃO: Jesus era absoluta e imutavelmente perfeito em sua natureza divina. Deus é perfeito (Mt 5:48), e Ele não pode mudar (Ml 3:6; Hb! 6:18). Mas Jesus foi também homem, e, como tal, sujeito a mudanças, embora sem pecado. Por exemplo, “crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça” (Lc 2:52). Se o seu conhecimento como homem crescia então a sua experiência também crescia. Desse modo, ele “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5:8). Nesse sentido ele foi “aperfeiçoado” por ter experimentado o sofrimento na sua própria vida sem pecado (cf. Jó 23:10; Hb 12:11; Tg 1:2-4). Isto é, ganhou todos os benefícios decorrentes da experiência do sofrimento sem ter pecado (Hb 4:15), portanto ele pode realmente confortar e encorajar aqueles que sofrem.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Qual a diferença entre espírito e alma?


Já li diversos livros que falam sobre a alma e o espírito, mas continuo com dúvidas. Há alguma diferença entre eles? Quais seriam?

Nas Escrituras, alma e espírito podem ter mais de um significado
Alma e espírito são palavras que podem ter mais de um significado. E, algumas vezes, são usadas praticamente com o mesmo sentido. É o que normalmente acontece com as palavras polissêmicas (quando uma palavra tem muitas significações). Um exemplo comum em português de termos desse tipo é manga, cujo significado deve ser determinado pelo contexto em que é usado. Assim, manga pode referir-se a uma fruta, a um pedaço de tecido e/ou a uma peça de automóvel. Seu verdadeiro sentido, no entanto, dependerá do contexto em que estiver sendo usado, como já falamos.
A palavra alma relaciona-se com as necessidades básicas da vida e até mesmo com a própria vida. Então, poderá ser traduzida por “vida”, “alma”, “criatura”, “pessoa”, “apetite”(ou “desejo”), “mente” e o “próprio ser”. Tudo dependerá do contexto em que estiver sendo empregada.
O Senhor afirmou em sua palavra que a alma pode morrer (Ez 18.4,20), pois, nesse contexto, o termo “morte” significa separação, e não extinção. O apóstolo Paulo diz que Deus nos vivificou quando ainda estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1). Mas o homem não pode matar a alma. Somente Deus pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo (Mt 10.28). Geralmente, os sectários (testemunhas-de-jeová e adventistas do sétimo dia) apreciam somente as opções de tradução que se referem à alma como atributos do corpo, o que é um equívoco.
Enquanto a palavra alma ocorre muitas vezes nas Escrituras (cerca de 380) referindo-se às pessoas e abrangendo o relacionamento do eu com o mundo exterior, a palavra espírito ocorre cerca de 550 vezes em referência a pessoas e, algumas vezes, abrange o relacionamento do eu consigo mesmo e com Deus, de forma mais estreita.
Temos, ainda, as posições dicotômicas (doutrina que afirma que o homem é composto de corpo e alma/espírito) e tricotômicas (doutrina que afirma que o homem é composto de corpo, alma e espírito). Tais diferenças ainda causarão muitas discussões, contudo, todos estamos conscientes da responsabilidade que as pessoas terão diante de Deus no dia do juízo. Assim como estamos conscientes de que as pessoas salvas em Cristo Jesus têm a vida eterna e, durante a morte física, estarão com o Senhor aguardando a ressurreição do corpo.
“Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne” (Fp 1.22-24).

Fonte: Revista DF


Presciência de Deus, predestinação e livre-arbítrio humano

  🕊️ 1. Jesus sabia que Judas o trairia? Sim, Jesus sabia. A Bíblia deixa claro que Jesus sabia de antemão que Judas o trairia: ...