segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Como morreu alguns dos apóstolos?

Pergunta: “A Bíblia tem o registro das mortes dos apóstolos? Como morreu cada um dos apóstolos?”
Resposta: O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” – aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja; portanto não devemos dar muito crédito a nenhum desses relatos. A tradição da igreja mais aceita em relação à morte de um apóstolo é que o Apóstolo Pedro foi crucificado, de cabeça para baixo em uma cruz em forma de x, cumprindo a profecia de Jesus (João 21:18). A seguir estão as “tradições” mais populares a respeito das mortes dos outros apóstolos.
Mateus sofreu martírio na Etiópia, morto por um ferimento causado por uma espada. João esteve à beira do martírio, quando ele foi cozido em um recipiente enorme de óleo durante uma onda de perseguição em Roma. No entanto, ele foi milagrosamente livrado da morte. João foi sentenciado às minas na ilha de Patmos. Ele escreveu o livro profético do Apocalipse em Patmos. O apóstolo João foi mais tarde posto em liberdade e retornou para o lugar onde hoje fica a Turquia. Ele morreu velho, sendo o único apóstolo a morrer em paz.
Tiago, o irmão de Jesus (não oficialmente um apóstolo), o líder da igreja em Jerusalém, foi atirado de mais de 30 metros de altura do alto do pináculo sudeste do Templo ao se recusar a negar sua fé em Cristo. Quando eles descobriram que ele havia sobrevivido à queda, seus inimigos o espancaram até a morte com um porrete. Este foi o mesmo pináculo para onde Satanás levou a Jesus durante a tentação.
Bartolomeu, também conhecido como Natanael, foi um missionário para a Ásia. Ele testemunhou onde hoje é a Turquia e foi martirizado pela sua pregação na Armênia, quando ele foi chicoteado até a morte. André morreu em uma cruz em forma de x na Grécia. Após ter sido chicoteado severamente por sete soldados, estes ataram o seu corpo à cruz com cordas para prolongar a sua agonia. Seus seguidores reportaram que, quando ele foi levado em direção à cruz, André a saudou com as seguintes palavras: “Muito desejei e esperei por esta hora. A cruz foi consagrada pelo corpo de Cristo pendurado nela”. Ele continuou a pregar para os seus torturadores por dois dias até que ele morreu. O apóstolo Tomé foi atingido por uma lança na Índia durante uma de suas viagens missionárias para estabelecer a igreja lá. Matias, o apóstolo escolhido para substituir o traidor Judas Iscariotes, foi apedrejado e depois decapitado. O apóstolo Paulo foi torturado e depois decapitado pelo maligno imperador Nero em Roma em 67 d.C. Há tradições referentes aos outros apóstolos também, mas nenhuma com apoio histórico ou tradicional confiável.
Não é tão importante saber como os apóstolos morreram. O que importa é o fato de que todos eles estavam dispostos a morrer pela sua fé. Se Jesus não tivesse sido ressuscitado, os discípulos o saberiam. Ninguém morreria por alguma coisa que se sabe ser uma mentira. O fato de que todos os apóstolos estavam dispostos a morrer horrivelmente, recusando-se a negar a sua fé em Cristo é uma tremenda evidência de que eles verdadeiramente testemunharam a ressurreição de Jesus Cristo.


sábado, 13 de setembro de 2014

Salvação: escolhida por Deus e por nós

Outro exemplo da soberania divina e de nossa responsabilidade na Escritura e encontrado nesta afirmação de Jesus em João 6.37:
“Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei”.
E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.  Jo 12.32
De um lado, somente aqueles que o Pai prepara virão a Cristo (Jo 6.44). Do outro lado, e também verdadeiro que “todo aquele que” escolher vir, será salvo (Rm 10.13).
Salvação: destinados e persuadidos a ela
Ha uma passagem interessante em Atos. Ela afirma que “creram todos os que haviam sido designados (preparados) para a vida eterna” (At 13.48).
Todavia, no mesmo contexto, Lucas diz que Paulo e Barnabé “foram à sinagoga judaica. Ali falaram de tal modo que veio a crer grande multidão de judeus e gentios” (At 14.1). De acordo com esse texto, na primeira passagem somente os que foram preparados para a salvação é que viriam à fé. Mas é também verdadeiro que a pregação persuasiva e um meio pelo qual as pessoas vêm à fé em Cristo. Assim, a Bíblia ensina tanto a soberania divina quanto a responsabilidade humana no mesmo contexto. O mesmo ato pode ser determinado por Jesus e escolhido pelos homens. Não ha qualquer contradição entre essas duas coisas no que diz respeito à Escritura.
Alguns calvinistas moderados, como J. O. Buswell negam que isso seja uma referencia a predestinação (e não é mesmo). Ele escreveu: “Na verdade, as palavras de Atos 13.48,49 não são necessariamente uma referencia a doutrina do decreto eterno de Deus sobre a eleição. O particípio passivo tetagmenoi pode simplesmente significar pronto’, e podemos muito bem ler: ‘Todos os que foram preparados para a vida eterna, creram’”.
E ele acrescenta: “Comentando esse versículo, Alford diz: ‘O significado dessa palavra deve ser determinado pelo contexto. Os judeus tinham julgado a si mesmos indignos da vida eterna (v. 46); quanto aos gentios, todos os que foram dispostos para a vida eterna creram [...] Encontrar neste texto a afirmação de preordenação para a vida é forçar tanto a palavra quanto o contexto a um significado que eles não contem”’. (ou seja, o contexto mostra que a passagem não fala de decreto Soteriológico).
Seja como for, mesmo que esse texto seja tomado como tal, no sentido absoluto, não ha nenhuma contradição entre preordenação e persuasão, visto que Deus preordenou tanto os meios (persuasão) quanto o fim (a vida eterna).
Rejeição a Cristo: tanto pelo destino dado por Deus quanto pela nossa desobediência.
Como mencionado anteriormente, a harmonia entre predeterminação e livre-escolha e evidente nas palavras de Pedro: “Os que não creem tropeçam, porque desobedecem a mensagem; para o que também foram destinados’ (lPe 2.8). Não ha nenhuma incoerência aqui: eles foram destinados para a desobediência, e Deus sabia comcerteza que escolheriam rejeitar a Cristo. Buswell comenta que “Atos 13.46 observa que os judeus, por escolha própria, rejeitaram a mensagem. Então, Paulo volta-se para os gentios. A escolha individual determinou a rejeição a mensagem; assim, por inferência, parece que, quando essa rejeição ocorreu, os gentios entraram, digamos, na esfera da graça de Deus que lhes foi destinada, e assim, creram. Observe que o versículo 48 afirma que os gentios, ouvindo as boas novas, ‘alegraram-se e bendisseram a palavra do Senhor, e a sua f é assim os moveu à esfera da graça de Deus, que, digamos, aponta para a vida eterna. Assim como os judeus escolheram rejeitar, os gentios escolheram, dentro da graça de Deus, crer”.
Adaptado do Livro “Eleitos, Mas Livres” – Ed. Vida


Presciência de Deus, predestinação e livre-arbítrio humano

  🕊️ 1. Jesus sabia que Judas o trairia? Sim, Jesus sabia. A Bíblia deixa claro que Jesus sabia de antemão que Judas o trairia: ...