sábado, 22 de novembro de 2014

Romanos 11.17-23 – até a Nação Eleita foi cortada!



“Se alguns ramos foram cortados, e você, sendo oliveira brava, foi enxertado entre os outros e agora participa da seiva que vem da raiz da oliveira, não se glorie contra esses ramos. Se o fizer, saiba que não é você quem sustenta a raiz, mas a raiz a você. Então você dirá: ‘Os ramos foram cortados, para que eu fosse enxertado’. Está certo. Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. Pois se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você. Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado. E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar” (Romanos 11:17-23)
Este é um dos textos mais difíceis de um calvinista deturpar e dizer que aquelas pessoas nunca foram salvas, ou que apenas perderam uma recompensa. O texto é claro: aqueles indivíduos (os gentios convertidos) foram “enxertados” na oliveira, representando que eles agora estavam em Cristo, mediante a fé. Mas ao invés de Paulo dizer que eles estariam garantidos na oliveira não importa o que acontecesse, ele faz justamente o contrário, se antecipando a essa possível objeção e dizendo que Deus não lhes pouparia caso desobedecessem, e que havia a possibilidade de eles serem cortados da oliveira.
Mais uma vez, vemos aberta a possibilidade de apostasia, de ser cortado do Reino, de deixar a oliveira, mesmo já estando lá uma vez. Ele não diz que as pessoas que foram enxertadas na oliveira ali permaneceriam incondicionalmente para sempre, mas os alerta com tanto rigor para a possibilidade de serem cortados que é impossível pensar que ele fosse um “calvinista”. Além da permanência na oliveira ser condicional (v.22), ainda havia como ser cortado (v.22), razão pela qual eles deveriam “temer” (v.20). Temer o que, se é realmente impossível perder a salvação?
Extraído do livro “Calvinismo X Arminianismo: quem está com a razão?

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Se a graça é resistível, a salvação é por obras?




Um argumento dado pelos calvinistas que é comumente usado na tentativa de depor contra a graça resistível é que, se a graça não é irresistível, a salvação seria por obras e o homem seria o seu próprio salvador. Eles costumam frequentemente dizer que, se a graça é oferecida ao homem e este pode recusá-la, o homem se torna o causador da própria salvação, e não Deus. Este argumento por si só já começa estranho, pois, se a lógica funciona assim mesmo, então até no calvinismo Deus não seria o salvador.
Se o fato de o homem aceitar a graça no arminianismo torna o homem salvador de si mesmo, então por que o fato de o homem aceitar a graça no calvinismo não torna o homem salvador de si mesmo? Ambos ensinam que a graça é derramada, a diferença é que um crê que essa graça é resistível e o outro crê que essa graça é irresistível. Se o fato de o homem aceitar a graça no calvinismo faz de Deus o salvador, por que o fato de o homem aceitar a graça no arminianismo não faz de Deus o salvador?
O calvinista poderá afirmar que é porque no arminianismo o homem pode rejeitar a graça. Isso é verdade. Porém, o que isso muda? A coisa continua igual para os que aceitam. Os que aceitam irresistivelmente são salvos no calvinismo, e os que aceitam persuasivamente são salvos no arminianismo. Nada muda para os que aceitam, exceto o fato de que um aceitou pelo uso da força, enquanto o outro aceitou por persuasão. Como diz Olson, “um presente que é rejeitado ainda é um presente, se for livremente recebido. Um presente recebido livremente não é um presente menor do que um recebido sob coerção”[1].
Fazendo uma analogia, é como se um pai comprasse um presente para dois filhos. Para um deles, chamado João, ele compra o presente e força que aceite o presente. Para outro deles, chamado Jacob, ele compra o presente e o oferece, deixando escolhê-lo livremente. Somente um obtuso diria que no primeiro caso o presenteador é o pai, e que no segundo caso o filho se presenteou a si mesmo. Da mesma forma, ninguém em sã consciência diria que no primeiro caso o presente foi um presente, enquanto no segundo caso o presente deixou de ser um presente e se tornou um mérito.
Em ambos os casos, a graça continua sendo graça. Em ambos os casos, o salvador permanece sendo Deus. A aceitação por parte do homem, seja ela resistível ou irresistível, forçada ou não-forçada, não faz do homem salvador de si mesmo, o que confronta a lógica e o bom senso.  Por incrível que pareça, esse argumento inútil dos calvinistas tem sido usado contra os arminianos desde a época de Armínio. E Armínio também usou analogias para mostrar o defeito das acusações calvinistas. Ele disse:
“Um homem rico concede, a um pobre e faminto mendigo, esmolas com as quais ele será capaz de manter a sua família e a si mesmo. O fato de o mendigo estender as suas mãos para receber as esmolas faz com que elas deixem de ser um presente genuíno? Pode-se dizer com propriedade que ‘as esmolas dependem parcialmente da liberalidade do Doador e parcialmente da liberdade do favorecido’, embora este último não fosse receber as esmolas a menos que ele as tivesse recebido estendendo sua mão?”[2]
Comentando este trecho, Olson diz:
“Usando-se a analogia de Armínio do rico e do mendigo, seria normal dizer que a aceitação, por parte do mendigo, do dinheiro dado pelo homem rico foi um fator decisivo na sobrevivência de sua família? Quem diria tal coisa? Toda a atenção neste caso se concentraria no benfeitor e não no pobre receptor da benfeitoria”[3]
Norman Geisler também emprega analogia semelhante para mostrar a irracionalidade da acusação calvinista. Ele declara:
“O ato de receber um dom pela fé não é mais meritório do que é o de um mendigo ao receber uma ajuda. E uma lógica estranha a que assevera que o recebedor ganha crédito por receber uma dádiva, e não o doador! O ato de fé em receber o dom incondicional de Deus não granjeia nenhum mérito para o recebedor. Ao contrário, todo louvor e glória vão para o Doador de ‘toda boa dádiva e todo dom perfeito’ (Tg 1.17)”[4]
Assim como seria estúpido dizer que um mendigo que estende as mãos para receber uma esmola dada por graça a recebeu “por suas boas obras” ou que causou a própria doação, assim também é ridículo alegar que o ato de aceitar a graça é uma “boa obra” que “causa a salvação” e a torna “centrada no homem”. Como diz Olson, “o verdadeiro arminianismo dá a Deus toda a glória e aos humanos, nenhuma; a salvação é inteiramente de Deus mesmo se as pessoas devam escolher livremente não resistir a ela. Mas mesmo essa habilidade de não resistir à graça salvífica é de Deus; ela não faz parte do equipamento natural da humanidade”[5].
Ele também acrescenta que “a decisão da fé não é causa meritória ou eficaz da salvação; a única causa é Cristo e sua morte. A decisão da fé é apenas a causa instrumental de salvação (como o ato de descontar um cheque), ao fazer isso, o dom é ativado. Mas isso não acrescenta nada ao dom ou o torna menos gratuito. Os arminianos acreditam que as pessoas são salvas apenas pela morte de Cristo e não por suas próprias decisões ou ações”[6].
O próprio Olson também empregou diversas analogias para simplificar o entendimento da salvação no prisma arminiano. Uma delas é a de um homem caído em um poço. Ele diz:
“Uma ilustração seria um homem caindo inconsciente em um poço. Deus chama o homem e lhe oferece ajuda. O homem recobra a consciência. Deus despeja água no poço e encoraja o homem ferido a flutuar na água e sair do poço. Tudo o que o homem tem a fazer é deixar que a água o eleve não lutando contra ela ou não se prendendo ao fundo do poço. Essa é uma analogia (embora rudimentar e simples) da graça preveniente. Como pode uma pessoa resgatada nestes moldes vangloriar-se desse resgate? Tudo o que ela fez foi relaxar e deixar que a água (a graça) a salvasse”[7]
Outra analogia que ele faz é a de um depósito de um cheque:
“Imagine um aluno que esteja passando fome e prestes a ser despejado de seu dormitório por falta de dinheiro. Um professor bondoso dá a esse aluno um cheque de R$ 1.000,00 – o suficiente para que ele pague seu aluguel e coloque uma boa quantidade de comida em sua dispensa. Imagine, pensando mais além, que o aluno que foi resgatado leve o cheque até o banco, assine e deposite o cheque em sua conta (o que faz com que seu extrato fique com R$ 1.000,00 positivos). Imagine também que o aluno então começa a andar pelo campus se gabando de que ele mereceu receber a quantia de R$ 1.000,00. Qual seria a resposta das pessoas caso soubessem a verdade acerca da situação? Eles acusariam o aluno de ser miserável e ingrato. Mas suponha que o aluno diga: ‘Mas o fato de eu endossar o cheque e o depositar em minha conta é o fator decisivo para que eu conseguisse o dinheiro, então eu fiz uma boa obra que mereceu, ao menos, parte do dinheiro, não mereci?’ Ele seria ridicularizado e possivelmente ainda seria ignorado pelos demais por ser uma pessoa insensata”[8]
Todas essas analogias, e muitas outras que poderíamos passar aqui, mostram o quão ridícula é a acusação calvinista de que no arminianismo a salvação é centrada no homem, por obras ou pelo mérito humano. Em todas elas, o Doador da graça permanece sendo Deus, e o fator e a causa da salvação permanece sendo a graça divina. O homem se vangloriar por aceitar a graça é algo tão obtuso quanto um mendigo se orgulhar de ter recebido uma esmola, como se o fato de ele ter estendido as mãos para recebê-la implicasse em algum mérito pessoal pelo qual ele possa se ostentar.
[1] OLSON, Roger. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. Editora Reflexão: 2013, p. 210.
[2] ARMINIUS, “The Apology or Defence of James Arminius, D.D.”, Works, v. 2, p. 52.
[3] OLSON, Roger. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. Editora Reflexão: 2013, p. 215.
[4] GEISLER, Norman. Eleitos, mas Livres: uma perspectiva equilibrada entre a eleição divina e o livre-arbítrio. Editora Vida: 2001, p. 225.
[5] OLSON, Roger. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. Editora Reflexão: 2013, p. 202.
[6] OLSON, Roger. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. Editora Reflexão: 2013, p. 290.
[7] OLSON, Roger. Teologia Arminiana: Mitos e Realidades. Editora Reflexão: 2013, p. 206.
[8] OLSON, Roger. Contra o Calvinismo. Editora Reflexão: 2013, p. 255-256.
Extraído do livro “Calvinismo X Arminianismo: quem está com a razão?”, 


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O que são e porque os livros apócrifos não estão em todas as Bíblias?

Os Livros Apócrifos

Etimologicamente, o termo “apócrifo” significa: “oculto”, “escondido”. É usado para designar os 14 ou 15 livros, ou partes de livros que, em algum tempo, foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamento. Eles aparecem anexados nas versões Septuaginta e Vulgata Latina.
O vocábulo tem sido empregado de forma diferente por católicos e protestantes:
Para os protestantes “apócrifo” designa o conjunto de livros ou porções de livros que não fazia parte do cânon (lista de livros inspirados) hebraico;
Para os católicos “Apócrifo” se refere aos livros que os estudiosos protestantes chamam de pseudo-epígrafos.
Os livros que os protestantes chamam de “apócrifos”, os católicos chamam de “Deutero- canônicos”.
Para os protestantes, os livros apócrifos não foram inspirados por Deus. São importantes fontes documentais para o conhecimento da história, cultura e religião dos Judeus. Também muito úteis para nossa compreensão dos acontecimentos intertestamentários (entre o Velho e o Novo Testamento). Mas não para estarem lado a lado com a literatura canônica (inspirada por Deus), pois ao compararmos uma literatura com a outra, logo percebemos profunda e radical diferença no estilo, na autoridade e até nos ensinamentos.
A igreja Católica só se lembrou de incluí-los no Cânon (lista de livros inspirados por Deus) em 15 de abril de 1546, no Concílio de Trento, impondo-os aos seus fiés como livros inspirados. Quem não aceitasse a decisão da igreja, seria por ela amaldiçoado.
Por que rejeitamos os apócrifos?
Se a mente divina inspirou a cada escritor, o produto destes diferentes autores deve estar em harmonia entre si.
Portanto, os primeiros livros se constituem o critério para todos os demais livros que se consideram ou são chamados de inspirados. Mas os livros conhecidos como apócrifos:
1. Não se harmonizam em ensino e doutrina com Moisés e outros profetas canônicos;
2. Nem Jesus, nem os apóstolos citaram os livros apócrifos como fonte de autoridade.
Por que então, a Igreja Católica continua apegada aos livros apócrifos? Porque as doutrinas fictícias dos apócrifos confirmam falsos ensinos da igreja, como por exemplo: oração pelos santos, falsas curas, dar esmolas para libertar da morte e do pecado, e salvação pelas obras.
Eis alguns ensinos de apócrifos:
1. Ensino da Arte Mágica – Tobias 6:5-8. Refutação bíblica: Marcos 16:17; Atos 16:18
2. Dar Esmolas Purifica do Pecado – Tobias 12: 8 e 9; Eclesiático 3:33. Refutação bíblica: 1 Pedro 1:18 e 19; Judas 24
3. Pecados Perdoados pela Oração – Eclesiástico 3:4. Refutação bíblica: Prov. 28:1; 1 João 1:9; 2: 1e2.
4. Orações pelos Mortos – 2 Macabeus 12: 42-46. Refutação bíblica: Atos 2:34; Isaías 38:18; Lucas 16:26; Isaías 8:20.
5. Ensino do Purgatório – Sabedoria 3:1-4 (imortalidade da alma). Refutação bíblica: 1 João 1:7
6. O Anjo Relata uma Falsidade – Tobias 5: 1-19. Refutação bíblica: Lucas 1:19
7. Uma Mulher Jejuando toda Sua Vida – Judith 8: 5 e 6.
Esta é uma história parecida com outras lendas católicas com respeito a seus santos canonizados. Uma mulher dificilmente jejuaria por toda sua vida. Jesus, mesmo sendo divino-humano, jejuou 40 dias, não pela vida toda.
8. Simeão e Levi mataram os habitantes de Siqueia  por ordem de Deus – Judite 9:2
Refutação bíblica: Deus não tinha nada a ver com isto: Gênesis 34:30; 49: 5-7; Romanos 12: 19, 17
9. A Imaculada Conceição – Sabedoria 8:19 e 20. Este texto é usado pelos católicos para sustentar a doutrina de que Maria nascera sem pecados. Refutação bíblica: Lucas 1: 30-35; Salmo 51:5; Romanos 3:23.
10. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo – Eclesiástico 12:6. Refutação bíblica: Provérbios 25:21,22; Romanos 12:20; João 6:5; Marcos 6:44-48.
Há muitos outros ensinamentos errados, mas, creio serem estes suficientes para aceitarmos que tais livros devem realmente ficar fora da lista de livros inspirados.
Apócrifos do Antigo Testamento
1) O 1º Livro de Esdras;
2) O 2º Livro de Esdras;
(Na versão Vulgata: O Esdra Canônico é chamado de 1º Esdras e Neemias de 2º Esdras; enquanto o 1º Livro de Esdras apócrifo é chamado de 3º Esdras).
3) Tobias;
4) Judite;
5) Adições ao Livro de Ester;
6) A Sabedoria de Salomão;
7) A Sabedoria de Jesus o filho de Sisaque, ou Eclesiástico;
8) Baruque;
9) A Carta de Jeremias;
10) A oração de Azarias e o Canto das Três Jovens;
11) Susana;
12) Bel e o Dragão;
13) A oração de Manasses;
14) O 1º Livro de Macabeus;
15) O 2º Livro de Macabeus;
Apócrifos Deutero-canônicos
1) Tobias;
2) Judite;
3) Adições ao Livro de Éster (10:4 – 16:22);
4) Sabedoria;
5) Eclesiástico;
6) Baruque;
7) Susana (Daniel 13);
8) Bel e o Dragão (Daniel 14);
9) 1º Macabeus;
10) 2º Macabeus;
Apócrifos do Antigo Testamento
Os apócrifos do Antigo Testamento podem ser facilmente identificados comparando os livros das Bíblias utilizadas pela maioria das “Sociedades Bíblicas” com uma Bíblia Católica.
Na comparação abaixo, os livros sublinhados constituem os apócrifos (chamados de Deutero-canônicos pelos Católicos). Aqueles não sublinhados são aceitos como canônicos por protestantes e Católicos.
Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio;
Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (com acréscimos), 1 Macabeus, 2 Macabeus.
Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel (com acréscimo), Oséias, Joel, Amós, Abdias (Obadias), Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Total: 46 Livros
39 Canônicos
+7 Deutero-canônicos ( = aqueles sublinhados)
Apócrifos do Novo Testamento
Os apócrifos do Novo Testamento não oferecem problema porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs. E não podia ser diferente. Observe o ensino, como por exemplo, do evangelho de São Tomé:
“Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse: Não continuarás tua carreia. Imediatamente o menino caiu morto. Seus pais correram a falar com José, este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível cegueira”.
Tal relato não é compatível com a sublimidade dos ensinos de Cristo e é suficiente para provar que este evangelho é espúrio. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.” Mateus 19:13-15.
Lista dos Apócrifos do Novo Testamento
1) Evangelhos: Evangelho Segundo Hebreus, Evangelho dos Egípcios; Evangelhos dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago, Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe, Evangelho de Gamaliel; Evangelho da Verdade.
2) Epístolas: Epístola de Clemente; as 7 Espístolas de Inácio; aos Efésios, aos Magnésios, aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios, aos Esmirnenses e a Policarpo; a Epístola de Policarpo aos Filipenses; Epístola de Barnabé.
3) Atos: Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de João, Atos de André, Atos de Tomé.
4) Apocalipses: Apocalipse de Pedro, o Pastor de Hermas, Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão.
5) Manuais de Instrução: Didaquê ou Ensino dos 12 Apóstolos, 2 de Clemente. Pregação de Pedro.
Total: 34 livros – são mais do que os Canônicos do Novo Testamento (que somam 27).
Muitos destes livros disputaram um lugar junto ao Cânon Bíblico, mas graças a Deus, foram rejeitados pela Igreja Cristã, assessorada pelo Espírito Santo. Se estes livros pertencessem à lista de livros inspirados por Deus, certamente manchariam a beleza da sã e pura Palavra de Deus.
Devemos, portanto, nos apegar apenas aos 66 livros como dignos de confiança em termos da revelação de Deus ao homem. Nestes livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, temos toda a revelação necessária para a salvação do homem. A Sociedade Bíblica do Brasil – com razão – adota estes 66 livros como padrão para as Bíblias que produz.
Fonte: Esse material foi extraído de uma apostila do professor Jorge Mário, que na época lecionava no Seminário Adventista Latino-americano de Teologia no Centro Universitário Adventista, Artur Nogueira, SP.
Equipe Biblia Online


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Onde estava Daniel no episodio da estatua?

Sua dúvida é por que Daniel não aparece junto com seus amigos Sadraque, Mesaque e Abedenego quando estes foram denunciados por não terem se curvado diante da estátua construída por Nabucodonosor. Vamos ver a ordem dos acontecimentos para entender.
No capítulo 1 de Daniel vemos que o rei Nabucodonosor pediu aos seus oficiais que escolhessem dentre os cativos israelitas jovens nobres e cultos para serem introduzidos na corte e educados como nobres caldeus.
Dan 1:1-7 “E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes, Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias; E o chefe dos eunucos lhes pós outros nomes, a saber: a Daniel pós o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego”. 
No capítulo 2 Daniel recebe de Deus sabedoria para interpretar o sonho de Nabucodonosor, e por isso é promovido a governador de Babilônia e chefe dos governadores e dos sábios. Por pedido de Daniel, Nabucodonosor também promove seus amigos Sadraque, Mesaque e Abenego a posições administrativas na gestão pública do reino, obviamente abaixo do cargo de destaque que Daniel recebeu.
Dan 2:47-49 “Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério. Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pós por governador de toda a província de Babilônia, como também o fez chefe dos governadores sobre todos os sábios de Babilônia. E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei.
No capítulo 3 o rei manda construir uma estátua e convoca a todos os nobres e administradores de Babilônia para se apresentarem diante da estátua e, a um determinado sinal, se prostrarem e adorarem a estátua de ouro. Quem não fizesse isso seria lançado na fornalha de fogo.
No versículo 9 vemos alguns caldeus indo a Nabucodonosor com uma denúncia: Sadraque, Mesaque e Abedenego não tinham se prostrado e adorado a estátua, conforme a ordem do rei. Portanto deviam ser mortos na fornalha. O restante da história pode ser encontrado no capítulo 3 e a grande dúvida é onde estaria Daniel naquele momento, já que ele não aparece entre os que foram denunciados como não tendo adorado a imagem.
A Bíblia não diz, portanto qualquer resposta será por suposição. Eu pessoalmente vejo três ou quatro possibilidades. A primeira tem a ver com aquele episódio em que os fariseus levaram ao Senhor Jesus uma mulher pega em flagrante adultério para ser apedrejada, porém não explicaram o que fizeram com o homem. Um flagrante de adultério precisa que dois sejam flagrados. Portanto, já na denúncia que fizeram havia dolo, provavelmente porque o homem adúltero era algum deles ou uma pessoa de destaque na sociedade que não podia ser exposta.
Se todos deviam se prostrar para adorar a estátua, esses que fizeram a denúncia só podiam ser os últimos da fila e, ainda assim, não totalmente prostrados, para poderem observar que três pessoas permaneceram em pé. É só imaginar uma situação em que o presidente ordene para que todos os funcionários públicos de primeiro escalão encham aquele gramado da esplanada dos três poderes em Brasília e se prostrem diante da enorme bandeira do Brasil que existe ali. Quem é capaz de dizer se alguém se prostrou ou não, se todo mundo está com a cara no chão?
Portanto a denúncia feita pelos caldeus devia ter uma boa dose de ciúme e animosidade contra os estrangeiros que haviam adquirido posições de destaque iguais ou maiores que os próprios nativos de Babilônia.
A segunda possibilidade tem a ver com o cargo que Daniel ocupava. Enquanto Sadraque, Mesaque e Abedenego estavam no mesmo nível dos outros oficiais, Daniel era o segundo abaixo do rei, portanto acima de todos esses. Podemos pensar que tenha sido o caso de os denunciantes não terem incluído Daniel pelo risco que isso lhes traria. Afinal, seria uma denúncia contra alguém muito acima deles e apadrinhado do rei Nabucodonosor por sua sabedoria. Falar mal de alguém assim não era coisa simples.
Outra possibilidade seria que Daniel não se curvou diante da estátua, mas sua desobediência à ordem só teria sido testemunhada por seus escravos diretos. Digamos assim que Daniel estava em uma posição confortável o suficiente para ter seu próprio camarote ou gabinete e não se misturar com os outros funcionários públicos menos graduados do reino.
Uma quarta possibilidade que também deve ser considerada é a de Daniel ter sim se curvado diante da estátua. Esta parece criar certo desconforto entre alguns que têm Daniel como um herói, mas devemos nos lembrar que o único ser humano perfeito que encontramos nas páginas das Escrituras é o Senhor Jesus. Todos os outros eram sujeitos a falhas (algumas gravíssimas, como Davi). Eles eram seres humanos iguais a qualquer um de nós, e basta ler a história de cada um dos que costumamos chamar de “heróis da fé” para perceber isso.
Tgo_5:17 Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós 
2Cr_6:36 Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque)… 
Ecl_7:20 Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque

por Mario Persona do site respondi.com.br em 14/10/2014


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Por que Deus infligiu sobre Bete-Semes um juízo tão severo?



1 SAMUEL 6.19-Por que Deus infligiu sobre o povo de Bete-Semes um juízo tão severo por eles simplesmente terem olhado para dentro da arca?
PROBLEMA: Quando os filisteus devolveram a arca do Senhor a Israel eles a colocaram num carro puxado por vacas, que foi pelo caminho sem ter um cocheiro. Quando o carro chegou às fronteiras de Bete-Semes, o povo da cidade tirou a arca do carro e a colocou sobre uma grande pedra. Entretanto, alguns deles olharam para dentro da arca, e “feriu o Senhor os homens de Bete-Semes”. O texto diz ainda que o povo chorou, “porquanto o Senhor fizera tão grande morticínio entre eles” (v. 19). Mas por que o Senhor infligiu sobre o povo um juízo assim tão severo, simplesmente por eles terem olhado para dentro da arca?
SOLUÇÃO: O Senhor feriu o povo com esse juízo por terem eles cometido um terrível sacrilégio contra Deus. A arca da aliança era um símbolo da própria presença de Deus entre o seu povo. A regulamentação referente à arca e a como ela deveria ser manejada era de natureza restrita por causa da santidade de Deus e da pecaminosidade do homem (Êx 25:10-22; 26:32-34; 37:1-9). Um ato assim tão iníquo, de desrespeito à santidade de Deus, certamente merecia o repentino e terrível juízo de Deus.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

As setenta semanas de Daniel

“Como se explicam as setenta semanas de Daniel?”
A expressão correspondente no origi­nal, significa “setenta setes”. Como a mensagem do capítulo nove de Daniel abrange um longo espaço de tempo, enten­de-se que cada uma dessas semanas men­cionadas pelo anjo representa sete anos. A Bíblia usa linguagem semelhante em Levítico 25.8, onde a tradução é feita literal­mente como “semanas de anos”. Em Ezequiel 4.5,6 ocorre o mesmo fato, já que es­tes versículos tratam também de anos e utilizam o mesmo método simbólico. Portanto, as setenta semanas de Daniel com­preendem 490 anos, ou seja, setenta vezes sete anos assim explicados, segundo as opi­niões mais abalizadas: v.25 – “Desde a saí­da da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas”. Esta ordem foi dada por Artaxerxes em cerca de 445 a. C. (leia Neemias 2), sendo que as primeiras sete semanas correspondem aos 49 anos gastos na reedificação da cidade. As ses­senta e duas semanas seguintes compreen­dem 434 anos que, somados aos 49 anterio­res, totalizam 483 anos: v. 26 – “E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário”. Assim sendo, estes 483 anos culminam com a crucificação de Cristo. O povo aqui mencionado são os romanos, que dominavam o mundo contemporâneo de Jesus, e foram os responsáveis pela des­truição de Jerusalém e do Templo, no ano 70 d.C. Cumprindo-se neste último caso as palavras do Mestre: “Não ficará aqui pe­dra sobre pedra que não seja derribada”, Mt 24.2. “O príncipe que há de vir” é uma referência direta ao Anticristo, por diver­sas vezes aludido em outras passagens bíblicas, o qual se manifestará no fim dos tempos. V. 27 – “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre as asas das abominações virá o assolador, e isso até a consuma­ção; e o que está determinado será derra­mado sobre o assolador”. Neste versículo, chegamos à última fase da mensagem pro­fética, isto é, a septuagésima semana que começará após o arrebatamento da Igreja e o retorno geral dos judeus à Palestina, con­forme se observa no versículo 26. Convém salientar que este último fato já está ocor­rendo. Na ocasião, o Anticristo fará uma aliança por sete anos com Israel, e estabe­lecerá um governo mundial com base no seguimento do antigo império romano, sob a forma de uma confederação de dez na­ções: Dn 2.42,43; 7.7,8. Porém, na metade da semana, ou seja, após três anos e meio, ele quebrará o concerto, dando início à Grande Tribulação propriamente dita. “O príncipe que há de vir” então tripudiará sobre o povo israelita “até a consumação” da semana profética e, finalmente, “o que está determinado será derramado sobre o assolador”: Cristo se manifestará, segundo o relato de Apocalipse 19, e começará uma era de paz sobre a terra, conhecida como o Milênio.
Extraído do livro “A Bíblia Responde” – Ed. CPAD


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Como morreu alguns dos apóstolos?

Pergunta: “A Bíblia tem o registro das mortes dos apóstolos? Como morreu cada um dos apóstolos?”
Resposta: O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” – aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja; portanto não devemos dar muito crédito a nenhum desses relatos. A tradição da igreja mais aceita em relação à morte de um apóstolo é que o Apóstolo Pedro foi crucificado, de cabeça para baixo em uma cruz em forma de x, cumprindo a profecia de Jesus (João 21:18). A seguir estão as “tradições” mais populares a respeito das mortes dos outros apóstolos.
Mateus sofreu martírio na Etiópia, morto por um ferimento causado por uma espada. João esteve à beira do martírio, quando ele foi cozido em um recipiente enorme de óleo durante uma onda de perseguição em Roma. No entanto, ele foi milagrosamente livrado da morte. João foi sentenciado às minas na ilha de Patmos. Ele escreveu o livro profético do Apocalipse em Patmos. O apóstolo João foi mais tarde posto em liberdade e retornou para o lugar onde hoje fica a Turquia. Ele morreu velho, sendo o único apóstolo a morrer em paz.
Tiago, o irmão de Jesus (não oficialmente um apóstolo), o líder da igreja em Jerusalém, foi atirado de mais de 30 metros de altura do alto do pináculo sudeste do Templo ao se recusar a negar sua fé em Cristo. Quando eles descobriram que ele havia sobrevivido à queda, seus inimigos o espancaram até a morte com um porrete. Este foi o mesmo pináculo para onde Satanás levou a Jesus durante a tentação.
Bartolomeu, também conhecido como Natanael, foi um missionário para a Ásia. Ele testemunhou onde hoje é a Turquia e foi martirizado pela sua pregação na Armênia, quando ele foi chicoteado até a morte. André morreu em uma cruz em forma de x na Grécia. Após ter sido chicoteado severamente por sete soldados, estes ataram o seu corpo à cruz com cordas para prolongar a sua agonia. Seus seguidores reportaram que, quando ele foi levado em direção à cruz, André a saudou com as seguintes palavras: “Muito desejei e esperei por esta hora. A cruz foi consagrada pelo corpo de Cristo pendurado nela”. Ele continuou a pregar para os seus torturadores por dois dias até que ele morreu. O apóstolo Tomé foi atingido por uma lança na Índia durante uma de suas viagens missionárias para estabelecer a igreja lá. Matias, o apóstolo escolhido para substituir o traidor Judas Iscariotes, foi apedrejado e depois decapitado. O apóstolo Paulo foi torturado e depois decapitado pelo maligno imperador Nero em Roma em 67 d.C. Há tradições referentes aos outros apóstolos também, mas nenhuma com apoio histórico ou tradicional confiável.
Não é tão importante saber como os apóstolos morreram. O que importa é o fato de que todos eles estavam dispostos a morrer pela sua fé. Se Jesus não tivesse sido ressuscitado, os discípulos o saberiam. Ninguém morreria por alguma coisa que se sabe ser uma mentira. O fato de que todos os apóstolos estavam dispostos a morrer horrivelmente, recusando-se a negar a sua fé em Cristo é uma tremenda evidência de que eles verdadeiramente testemunharam a ressurreição de Jesus Cristo.


sábado, 13 de setembro de 2014

Salvação: escolhida por Deus e por nós

Outro exemplo da soberania divina e de nossa responsabilidade na Escritura e encontrado nesta afirmação de Jesus em João 6.37:
“Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei”.
E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.  Jo 12.32
De um lado, somente aqueles que o Pai prepara virão a Cristo (Jo 6.44). Do outro lado, e também verdadeiro que “todo aquele que” escolher vir, será salvo (Rm 10.13).
Salvação: destinados e persuadidos a ela
Ha uma passagem interessante em Atos. Ela afirma que “creram todos os que haviam sido designados (preparados) para a vida eterna” (At 13.48).
Todavia, no mesmo contexto, Lucas diz que Paulo e Barnabé “foram à sinagoga judaica. Ali falaram de tal modo que veio a crer grande multidão de judeus e gentios” (At 14.1). De acordo com esse texto, na primeira passagem somente os que foram preparados para a salvação é que viriam à fé. Mas é também verdadeiro que a pregação persuasiva e um meio pelo qual as pessoas vêm à fé em Cristo. Assim, a Bíblia ensina tanto a soberania divina quanto a responsabilidade humana no mesmo contexto. O mesmo ato pode ser determinado por Jesus e escolhido pelos homens. Não ha qualquer contradição entre essas duas coisas no que diz respeito à Escritura.
Alguns calvinistas moderados, como J. O. Buswell negam que isso seja uma referencia a predestinação (e não é mesmo). Ele escreveu: “Na verdade, as palavras de Atos 13.48,49 não são necessariamente uma referencia a doutrina do decreto eterno de Deus sobre a eleição. O particípio passivo tetagmenoi pode simplesmente significar pronto’, e podemos muito bem ler: ‘Todos os que foram preparados para a vida eterna, creram’”.
E ele acrescenta: “Comentando esse versículo, Alford diz: ‘O significado dessa palavra deve ser determinado pelo contexto. Os judeus tinham julgado a si mesmos indignos da vida eterna (v. 46); quanto aos gentios, todos os que foram dispostos para a vida eterna creram [...] Encontrar neste texto a afirmação de preordenação para a vida é forçar tanto a palavra quanto o contexto a um significado que eles não contem”’. (ou seja, o contexto mostra que a passagem não fala de decreto Soteriológico).
Seja como for, mesmo que esse texto seja tomado como tal, no sentido absoluto, não ha nenhuma contradição entre preordenação e persuasão, visto que Deus preordenou tanto os meios (persuasão) quanto o fim (a vida eterna).
Rejeição a Cristo: tanto pelo destino dado por Deus quanto pela nossa desobediência.
Como mencionado anteriormente, a harmonia entre predeterminação e livre-escolha e evidente nas palavras de Pedro: “Os que não creem tropeçam, porque desobedecem a mensagem; para o que também foram destinados’ (lPe 2.8). Não ha nenhuma incoerência aqui: eles foram destinados para a desobediência, e Deus sabia comcerteza que escolheriam rejeitar a Cristo. Buswell comenta que “Atos 13.46 observa que os judeus, por escolha própria, rejeitaram a mensagem. Então, Paulo volta-se para os gentios. A escolha individual determinou a rejeição a mensagem; assim, por inferência, parece que, quando essa rejeição ocorreu, os gentios entraram, digamos, na esfera da graça de Deus que lhes foi destinada, e assim, creram. Observe que o versículo 48 afirma que os gentios, ouvindo as boas novas, ‘alegraram-se e bendisseram a palavra do Senhor, e a sua f é assim os moveu à esfera da graça de Deus, que, digamos, aponta para a vida eterna. Assim como os judeus escolheram rejeitar, os gentios escolheram, dentro da graça de Deus, crer”.
Adaptado do Livro “Eleitos, Mas Livres” – Ed. Vida


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Quatro coisas que Deus não conhece!



I. Deus não conhece um pecado que ele não odeia.
1.     Os Salmos descrevem a atitude de Deus para com o pecado.
1.     Salmos 5:4-6 “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal. Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade. Tu destróis os que proferem mentira; o SENHOR abomina ao sanguinário e ao fraudulento;”.
2.     Salmos 45:7 – “Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros”.
3.     Provérbios 6:16-19 – “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”
4.     Deus odeia mesmo os “pequenos pecados” que às vezes achamos que são triviais.
1.     Zacarias 8:17 – “nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR”
2.     Que atitude, então, devemos ter para com o pecado?
1.     Salmos 119:104, 128 – “Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade” – “Por isso, tenho por, em tudo, retos os teus preceitos todos e aborreço todo caminho de falsidade”.
2.     Romanos 12:9 – “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem”.
3.     Salmos 101:3 – “Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará”.
4.     Provérbios 8:13 – “O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço.
5.     I Coríntios 13:6 – “(amor) não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;”.

II. Deus não conhece um pecador que ele não ama.
Tão intensamente quanto Deus odeia o pecado, tão intensamente ama os pecadores que se rebelaram contra ele.
1.     Ezequiel 33:11 – “Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?”
2.     João 3:16 – “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna
3.     Deus quer que todos aqueles que se afastaram do seu caminho, voltem e sejam salvos!
1.     I Timóteo 2:3-4 “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”.
2.     II Pedro 3:9, 15 – “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” – “e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,”
3.     Dois textos que são o retrato do amor de Deus.
1.     O pastor e as ovelhas – Lucas 15:4-7
2.     O pai amoroso – Lucas 15:20-24
3.     Por isso, Deus enviou Seu Filho, para fornecer um meio para a salvação dos pecados.
1.     Romanos 5:8 – “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
2.     I João 4:10 – “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”

III. Deus não conhece nenhum método, além do evangelho, que pode salvar.
O Evangelho é o meio de salvação de Deus para toda a humanidade.
1.      
1.     Romanos 1:16 – “Pois não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”
2.     É por meio desse evangelho que Deus oferece a salvação dos pecados e um relacionamento com Ele, na igreja.
1.     Efésios 1:3-10, 20-23.
2.     Esse é o método de salvação, o sistema do Evangelho, que devemos permanecer fiéis, não afastar-se, e não alterar e modificar!
1.     Gálatas 1:6-9

IV. Deus não conhece nenhum momento melhor do que agora para você se apresentar ao Evangelho.
Deus prometeu apenas uma oportunidade para a salvação – HOJE!
1.      
1.     II Coríntios 6:2 – “porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação;”
2.     Tiago 4:14 – “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”
3.     Os cristãos não devem ficar complacentes com sua salvação. Temos de trabalhar e ser fiel HOJE!
1.     Romanos 13:11-14 “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”.
2.     João 9:4 – “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”.
Conclusão: Se você é um pecador precisa perceber que Deus odeia o pecado, mas te ama tanto que Ele enviou Seu Filho para morrer por você. Hoje, agora é o momento para que você possa responder ao plano do Evangelho da redenção. Por que não ouvir o que Ananias disse a Saulo: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele” (Atos 22:16).
Aldenir Araújo do site www.opregadorfiel.blogspot.com/


Presciência de Deus, predestinação e livre-arbítrio humano

  🕊️ 1. Jesus sabia que Judas o trairia? Sim, Jesus sabia. A Bíblia deixa claro que Jesus sabia de antemão que Judas o trairia: ...